Somos 70% de água. Não há vida se perdermos esse recurso natural.
Enquanto tomo meu chimarrão, uma reflexão faz-se necessário. A crise hídrica que vem assolando o Brasil, principalmente o Estado de São Paulo, vem gerando uma série de debates em torno do tema. A água, até então considerada um bem infinito, parece estar com seus dias contados. As discussões, no entanto, são pífias. Não podemos culpar Deus, ou somente a falta de chuva, pela escassez de água dos últimos tempos. Há que se falar da imprevidência no planejamento dos governos, do uso sem cautela pelos setores produtivos, da poluição das nascentes, do desperdício sem controle algum e da própria população em geral.
Dados recentes do Ministério das Cidades, apontam que, 37% da água tratada no Brasil são desperdiçados antes mesmo de chegar aos consumidores. A agricultura, no Brasil, é responsável por 70% do consumo de água, sendo também recordista em desperdícios. Em resumo, a crise decorre de décadas de nosso mau comportamento em relação ao uso da água. A maioria de nós, tem uma relação cultural totalmente equivocada em relação aos recursos naturais. O Brasil concentra 12% da água doce disponível no globo para uma população que não chega a 3% da população mundial. Essa aparente abundância de água, acaba nos levando ao uso desenfreado, despreocupado e irresponsável.
A atual crise demonstra que a seca não é mais problema exclusivo do Nordeste brasileiro. Aqui no Sul, sobretudo na Campanha Gaúcha, mesmo com clima úmido, avançam as áreas desertificadas. Em nome do progresso, do desenvolvimento sustentável, avançam a agricultura extrativista e a ocupação desordenada dos espaços. Faz-se urgente pensar e agir. A vida clama por água, e esta, esgota-se gota-a-gota.
Abraço.
A atual crise demonstra que a seca não é mais problema exclusivo do Nordeste brasileiro. Aqui no Sul, sobretudo na Campanha Gaúcha, mesmo com clima úmido, avançam as áreas desertificadas. Em nome do progresso, do desenvolvimento sustentável, avançam a agricultura extrativista e a ocupação desordenada dos espaços. Faz-se urgente pensar e agir. A vida clama por água, e esta, esgota-se gota-a-gota.
Abraço.