Abram as janelas, deixem o sol entrar, está chegando o verão. Verão lembra férias, mar, livros, tempo de encontro com amigos, com a família, e por que não consigo mesmo?
Verão com final de ano é tudo de bom. A gente esquece a pressão do tempo, o tic-tac do relógio não faz sentido, a rotina fica de lado. Verão é tempo de descomplicar as coisas e usufruir mais da vida. Com os dias mais aquecidos, nossos pés parecem querer liberdade. Os calçados fechados cedem lugar aos chinelos que recordam frescor, leveza, espontaneidade. Faz um bem enorme ter leveza nos pés e na alma.
No entanto, não há necessidade de esperar pelo verão, período de férias e nem mesmo aguardar o aval de outros. Aliviar o ritmo deve fazer parte do cuidado que cada um deve alcançar a si mesmo.
Não sei se você já concertou chinelos, mas na minha infância, quando rompia uma das tiras, antes de descartá-lo totalmente, a gente dava um jeito. Era concerto artesanal mesmo, às vezes as tiras ficavam de cores diferentes, outras vezes tinha o famoso preguinho atravessado por baixo ou outras engenhocas que a criatividade oferecia. Quem já usou chinelo com um preguinho nas tiras sabe do que estou falando...
Hoje em dia, um mínimo defeito que ocorra em nossos chinelos, descartamos. Com tantas comodidades, ficou mais fácil adquirir um par de chinelos. Eu até gostaria de ganhar do Papai Noel um novo par de chinelos. Mas daqueles bem simples, 39/40. Sabe por quê? Porque toda vez que for usar lembrarei que a caminhada da vida é feita com o frescor da liberdade e passos leves. Prometo usar até serem gastos. Afinal, a caminhada da vida, os problemas existenciais, nunca terão fim. Qualidade de vida, requer um ritmo menos sufocante, se for com um par de chinelos, melhor.
Abraços.