Orquidário pessoal |
Olá pessoal, como vai a vida?
O inverno parece que despediu-se. Por aqui houvem-se cantos de pássaros, os dias são mais ensolarados e a primavera está de retorno com flores e perfumes diversos.
Para quem quiser, a natureza, todos os dias, oferece exemplos de recomeço e grandes lições de vida. Não importa se o ser humano é bom ou ruim. Simplesmente vai imprimindo o seu ritmo, transformando e se transformando. Exemplos estão por todos os lados e para quem quiser ver.
É mais ou menos nesse ritmo que estou vivendo. Já cheguei na casa dos quarentões e a sensação que sinto, é que parece que tenho menos preocupações quando tinha meus vinte e poucos anos. O fato é que não perco mais o meu tempo com mediocridades. Aprendi a não tolerar a falsidade de gente que fala por tás, gente ingrata que esquece o bem que fizemos nos momentos difíceis. Não ligo mais para gabolices e não me sinto bem na presença de pessoas invejosas tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Orquidário pessoal |
Não discuto se um mais um são dois, nem de tudo o que é óbvio. Já não sinto saudades dos erros e acertos do meu passado. Não tenho tempo para administrar chiliques de pessoas, que apesar da idade continuam imaturas. Não faço mais acareações de desafetos de pessoas infelizes que responsabilizam os outros pelos seus próprios fracassos e muito menos perco o meu tempo em julgar ou "tirar fatos a limpo", seja de quem quer que seja.
O que estou sentindo e vivendo, seria a tal crise dos quarenta? Aliás, alguém poderia me explicar o que seria essa crise, e se de fato ela existe?
Crise ou não, a idade cronológica me permite querer a essência, viver ao lado de gente muito mais humana; que sabe rir de seus tropeços, que não se encanta com triunfos e que jamais foge de sua mortalidade.
Com o desenrolar do tempo, aprendi que não é um mundo cheio de coisas, mas sim pequenas coisas essenciais que fazem a vida valer a pena.
Abraço.