Maravilhas

"Pois, se Deus assim veste as flores do campo que hoje existem e amanhã acabarão, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Mt: 6,30.



O outono segue seu ritmo, dias frios pela manhã, calor durante o dia e frio novamente à noite. A natureza, silenciosamente transforma-se para receber a estação gelada.
Seguidamente escuto pessoas reclamando: Não gosto do inverno, não gosto do verão, o pólen das flores me causa alergia, por isso não gosto da primavera... É impressionante como achamos um jeito para reclamar. E quando não houver mais estações?
Para quem me acompanha por aqui e está na torcida: Aqui estão as fotos da primeira florada de minhas orquídeas. Reveja como tudo começou em: Orquídeas


Com a chegada dos primeiros frios do outono, a espécie cymbidium foi a primeira a desabrochar. Há duas imponentes de cor verde limão, parecem disputar quem tem maior beleza e outras tantas, que se preparam para a apresentação. Minha expectativa é grande, porque não sei qual é a cor delas, o jeito é esperar. Cada uma, estão recebendo uma espécie de certidão, onde eu anoto a espécie, cor, mês de floração, e cuidados necessários. Assim como a vida requer pequenos cuidados, as orquídeas também.

As da espécie cttleyas também não ficaram para trás. Na foto superior, parte central, há duas de beleza rara e outras que se preparam para desabrocharem em breve. A de cor lilás, branca e amarela é simplesmente linda e sem perfume. Já a de cor amarela e bordô, além de bela, desafio qualquer francês a produzir  uma  essência de igual aroma. Ela sozinha consegue perfumar toda a minha estufa.

Pessoal, pelas fotos percebem-se que não sou um bom fotografo. Prometo caprichar nas próximas. Assim que as orquídeas forem desabrochando, usarei as fotos em futuras postagens, assim todos a conhecerão.
Valeu pela torcida e votos de boa sorte. Quanto ao nome do orquidário, tenho anotado todas as sugestões. Na hora certa irei escolher um.

Abraço.


Partida

" O que se tornou perfeito, inteiramente maduro, quer morrer." - Nietzsche.

A morte é o destino inexorável de todos os seres vivos. No dia de ontem, 23/04/13, partiu de nosso convívio, a senhora Esmelinda Alcará, mãe de quem aqui escreve.
A própria palavra "morte" desperta medo no coração da gente. Ao analisar, descobre-se que a morte é tão incompreensível quanto inevitável. Mal conseguimos falar a seu respeito. Essa reação de medo é compreensível, pelo fato de que muitas pessoas pensam que a vida nada mais é do que um estado no qual o corpo humano está biologicamente ativo. Mas é hora de nos perguntarmos: O que significa realmente a morte? O que acontece após a morte, se é que acontece? Como reagir diante de alguém que partiu?
O mistério da morte é parte do enigma da alma e da vida em si. A morte só é entendida a partir do momento em que entendemos a vida. Durante a vida como a conhecemos, o corpo é vitalizado pela alma; na morte ocorre uma separação entre o corpo e a alma. Porém a alma continua a viver como sempre fez, agora livre das restrições físicas do corpo. E como o caráter, a bondade, virtudes e altruísmo, de uma pessoa estão na alma, é lógico presumir que ela ascenderá a um estado mais elevado após cumprir sua missão terrena.

Embora se saiba que a morte representa a elevação da alma a um nível mais elevado, mesmo assim não deixa de ser uma experiência dolorosa para quem fica. Quando perdemos um ente querido, surgem emoções fortes e até conflitantes: a mais natural delas é a tristeza pela ruptura e perda de laços.
Já aprendi e sei que seria bárbaro eu não ficar triste, mas sei também que não devo ficar triste por mais tempo que o necessário, caso contrário, a morte de minha mãe se tornaria uma presença em si, continuamente me entristecendo e impedindo de progredir na vida.

Nesse momento, tentar diminuir a expressão de dor de nossa família é inadequado e doentio, mas sabemos que ao permitir que o nosso sofrimento nos domine é esquecer de maneira egoísta o verdadeiro significado da morte - o fato de que a alma de um justo encontrou um lar ainda mais justo.

Aos amigos e familiares, estou de luto, mas estou bem
Abraço.

Construindo a vida

Sabemos que grandes construções são construídas a partir de pequenos tijolos. A imensidão dos oceanos, formado por pequenas gotas de água. Uma longa caminhada se faz com pequenos passos...
E a sua vida, de que é construída, formada?

Quando pequeno, e quando a família tinha condições de proporcionar-me algum brinquedo, sempre queria levar para casa dois ou três e de uma única vez. Inocência de criança, sem noção da realidade que enfrentavam os pais.
A verdade é que a minha vontade nunca prevaleceu mesmo. Eu tinha a liberdade de optar por um brinquedo entre aqueles que os pais haviam escolhido. E se não gostasse acabava ficando sem nada mesmo.
Acredito que desde pequeno aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa maravilhosa teia a qual chamamos "minha vida".

Eu, você, qualquer humano, nada mais somos do que o somatório de nossas decisões. Com decisões certas ou erradas, assim vai se formando a vida.
É bom que se saiba, que a forma como você toma suas decisões e estrutura sua vida tem um impacto importante sobre a forma como a sua vida se desenrola. É a maneira de como você vê a si mesmo e seu lugar no mundo que determina quem você realmente é.
Mas o cotidiano é marcado por muitas maneiras de ser. As pessoas têm gostos totalmente diversificados uma das outras. Como tomar decisões?
Os acontecimentos em seu mundo não acontecem sem razão ou fonte. Eles são movidos por suas decisões e expectativas mais fundamentais e são o que define o seu palco. Tome a decisão de enquadrar sua vida com amor, com respeito, com graça, beleza e foco nas possibilidades mais magníficas. Dentro desta estrutura você irá criar uma obra-prima belíssima e que crescerá a cada momento.

Forte abraço.

Simples lições

A vida não é justa, mas não deixa de ser boa.
Quando estiver em dúvida, só dê o primeiro pequeno passo.
A vida é muito curta para se perder tempo odiando alguém.
Seu emprego não vai cuidar de você quando ficar doente. Seus amigos e parentes é que vão fazer isso. Fique em contato.
Você não precisa sair ganhando em todas as discussões. Concorde em discordar.
Chore com alguém junto. Cura mais do que sozinho.
Não tem problema ficar brabo com Deus. Ele aguenta.
Faça as pazes com o passado, para que não estrague o presente.
Poupe para a aposentadoria começando com o primeiro pagamento que recebe.
Chocolate? Inútil resistir.
Pague suas dívidas do cartão todos os meses.
Não compare sua vida com outras. Você não tem noção da jornada que elas são.
Não tem problema em deixar seus filhos verem você chorar.
Não se leve a sério demais. Os outros também não o fazem.
O que os outros pensam de você não é da sua conta.

O que não mata, realmente te deixa mais forte. (Em bom português: O que não mata, engorda.)
Se um relacionamento for secreto, melhor não tê-lo.
Respire fundo que esfria a cabeça.
Descarte tudo que não seja útil, lindo ou levante o astral.
Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
Quando o negócio é conseguir o que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.
Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda depende só de você e de ninguém mais.
Prepare-se além do necessário. Depois, acompanhe o andar da carruagem.
O mais importante órgão sexual é o cérebro.
Opte sempre pela vida. Perdoe tudo e a todos.
Por melhor ou pior que seja a situação, ela vai mudar e o tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
Acredite em milagres.
Entre envelhecer e morrer jovem, a primeira opção dá de 10 a 0.
Ninguém é responsável pela sua felicidade, só você mesmo.
Ao fim e ao cabo, o que realmente importa é que você amou.
E o melhor ainda está por vir.

Fragmentos de Regina Brett, retirados do Jornal The Plain Dealer (Cleveland/Ohio)

Sobrevivendo aos apagões

Recentemente uma pesquisa divulgada por um instituto que relatam o cotidiano através de dados estatísticos revelou que o brasileiro ficou, em 2012, em média 20 horas sem energia elétrica. Pequenos e médios apagões que desencadearam muitos danos, além do desconforto e das perdas. 
Como paliativo, o governo reduziu o valor final da conta de luz (acha que fez uma grande coisa ) e aumentou o valor dos combustíveis, o que encareceu ainda mais o custo de vida de nós brasileiros. Junto com o aumento dos combustíveis estão vindo o aumento das passagens, fretes, taxis... que serão repassado aos demais produtos, gerando mais impostos e menos poder aquisitivo a quem sustenta os donos do poder.
Voltando ao tema: Meus avós não chegaram a conhecer ou presenciar a luz elétrica, mas a vida sempre encontrou uma saída para que eles seguissem o seu rumo. Hoje, uns instantes sem luz já é o suficiente para dar-nos conta do quanto somos dependentes da energia elétrica.

Aproveitando o assunto e refletindo sobre o nosso mundo interior, percebe-se facilmente que a ausência de luz inviabiliza qualquer projeto de realização pessoal. A fé e a sabedoria permitem claridade para nossos sonhos, compreensão diante dos desencontros e paz para serenar os demais sentimentos. Nenhum humano conquista o existir sem ter consigo luz.
Tendo em vista que a vida é feita de escolhas, a opção pela luz ou pela escuridão, passa a ser uma questão de manuseio da sua liberdade. 
É através da fé que alimentamos a luz que irradia esperança e dá mil motivos para acreditar na vida. Ter fé é ser portador de uma energia ininterrupta que amplia a capacidade de captar o essencial, que nos dá estabilidade e acalenta o coração nos descompassos do cotidiano.

Sobrevivemos aos apagões da energia elétrica, porém, ninguém consegue sobreviver, se tiver que enfrentar apagões da fé.
Abraço.

Novos caminhos

Geralmente, estamos acostumados a fazer as coisas sempre do mesmo jeito. Nossa rotina é como que impregnada de imãs que aquieta, acomoda e impulsiona à simples repetição. Isso nos impede de inovar ou até mesmo de buscar novos caminhos.
Você lembra da última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez?
Quem sabe inventar algo novo no dia de hoje, mudar o trajeto de deslocamento, pronunciar uma palavra que não faz parte do seu vocabulário, prestar mais atenção em você ou simplesmente contemplar o infinito.
Saiba que fazer algo que nunca tenha sido feito, não é privilégio de alguns, mas uma alternativa para todos.
É que gente anda um pouco agitado. Esperamos que algo importante aconteça logo ali na frente e esquecemos o significado do momento presente. E se não houver um amanhã? Portanto, se houver algo diferente para ser feito, melhor não protelar. Mas nada de muito movimento exterior viu. O suficiente para que a vida continue aspirando paz e realização.

Você já se deu conta que a natureza está diferente? Parece que um pintor anda dando um colorido todo especial.
É outono que chegou.  É tempo de frutos maduros, vinho novo, pinhão, castanhas...
É tempo de ceifar os frutos que foram lançados na terra, na esperança de boa colheita.
As noites passam a se mais longas que os dias, a temperatura diminui, algumas aves migram em busca de mais sol e alimentos.

Que a magia e beleza do outono possa despertar em nós o sentido de mudança. Que velhos hábitos possam vir abaixo, assim como as velhas folhas cedem seus lugares para o novo.
Forte abraço. 
Feliz outono.

O barco de Francisco


Após alguns dias de férias, aqui estou de volta. Baterias carregadas, esperança na frente e muita coisa para aprender.
Mais de mil anos foi preciso esperar. O comandante do barco de Pedro, agora,  é um latino-americano. A torcida era que fosse um brasileiro "tupiniquim" (assim é que somos conhecidos pelo pelo resto do mundo, não é mesmo?)
Puxa vida, logo um papa do terceiro mundo! O  que está acontecendo? Será que a Europa deixou de ser o centro do universo?
Concepções religiosas à parte, idealizadores da paz são necessários. Inspiram confiança, ajudam a entender que por mais árdua que seja a batalha, a vida sempre valerá a pena.

Ao meu ver, ocorreram dois acontecimentos inéditos. Bento XVI que humildemente passa adiante seu cajado de bom pastor e a escolha de um papa latino-americano.
A renúncia de Bento XVI comprova que o cajado não era definitivo. Entregar um pouco antes de perder as forças físicas, é altaneiro. Sua atitude, surpresa para alguns e compreensão para a grande maioria. A grande lição que fica é que abdicar do comando é tarefa para humildes. Há muita gente pondo tudo a perder por receio de entregar o cajado a alguém. Todo o poder que não mais se sustenta é apenas aparência, e seria tão simples se os envolvidos em cargos decisórios não se adonassem do mesmo e soubessem que um dia o cajado deva ser passado adiante. Se houvesse rodízio de poder, a história seria outra e o mundo teria um novo aspecto.
Temos uma facilidade incrível de se apegar. Almejamos cargos, travamos disputas acirradas por vitrines, perpetuação do transitório. É uma questão de inteligência saber que o nosso cargo, um dia, será passado adiante. Só assim surgirão boas novidades.

Francisco é o seu nome. Que a carga simbólica e profética de São Francisco de Assis, o santo da fraternidade, simplicidade e dos pobres possa estar presente na barca de Francisco, que ora navega em mares revoltos. A barca que era de Pedro - agora é de Francisco.  Muita luz e que a igreja mude alguns costumes do passado e  zele cada vez mais das Verdade eternas e imutáveis.

Compondo a vida

E aí, como vai sua vida?

Podemos dizer que a vida de todos nós mortais se assemelha a um grande livro com inúmeras páginas. Nessas páginas há rabiscos, melodias, frases, contradições, páginas em branco, alguns com miolo mole, capa despencando, erros de redação e algumas orelhas também.
Na composição da vida há histórias que começam bem e terminam em pesadelos, outras começam bem e terminam melhor ainda... Há certas páginas que se pudéssemos, arrancaríamos num piscar de olhos (tenho algumas dessas páginas). Porém é impossível. Essas páginas fazem parte da composição de nossa história existencial e caso excluídas, ficaria incompleta. É que a vida é feita de alternâncias e as vezes imprime no papel uma outra história diferente daquela que idealizamos ou gostaríamos que fosse descrita.

Se fossemos anotar de fato a composição da vida em um livro, não haveria espaço suficiente e cansaríamos o pulso de tanto escrever. Se não conseguimos anotar tudo, podemos registrar o bem, o que deu certo, as marcas positivas que tocaram a alma humana.
É evidente que há alguns registros com mais sombras do que luzes. Existir é contabilizar acertos e erros. Ater-se ao que não deu certo, sem olhar pela ótica do aprendizado, é desgastar-se inutilmente. Querer extirpar para definitivamente esquecer, é tarefa ineficaz. Seria muita pretensão desejar que a vida seja somente o somatório de acertos. Deixaria de ser humano para ser apenas angelical.
Na composição da vida de cada um, se não há registros caligráficos, há os mentais, que de vez em quando vem à tona pela agilidade da memória. Convém ater-se aos fatos positivos, sempre em maior número.

Não se pode querer anular o que a vida compôs em um determinado momento. Tudo faz pare de um todo, só é preciso harmonizar os fatos. Olhar com olhos maduros que entendam as oscilações da vida e sentir profundamente que tudo valeu a pena. Perceber que a vida não se repete, que todas as páginas tem um significado especial, é amadurecer para a vida.

Problemas modernos

Nessa semana que passou, uma reportagem anunciada por uma rede de televisão, me chamou atenção. Não sou muito ligado aos noticiários de tv e muito menos a ela,  porque geralmente  são anunciadas tragédias, corrupção, violência, subornos, blá, blá, blá... O bom seria se os meios de comunicação divulgassem mais coisas positivas que negativas. Por exemplo: O tal país é o mais feliz do mundo, fulano de tal se deu muito bem na vida e de forma honesta, para a felicidade dos pais, nasceu mais uma criança... Há tantas coisas boas acontecendo, que impulsionam a felicidade e auto-estima, no entanto são esquecidas ou não divulgadas. 
Vamos a notícia que me fez refletir e compartilhar esse texto. Conforme a reportagem, já está comprovado que no ano de 2030, os maiores problemas da humanidade serão a ansiedade, a depressão e o estresse. Você concorda com isso? Está preparado, caso algum venha bater a sua porta?

Para mim, esse tipo de reportagem sempre é bem-vindo, pois me faz refletir sobre o que ando fazendo por aqui, por mim e pelos outros.
A verdade é que sempre queremos mais. Queremos ser mais rápidos, mais produtivos, mais jovens, mais conectados. A impressão que dá, é que as horas passam voando, as folhinhas do calendário viram depressa demais. Quando menos percebemos estamos no meio do caos com planos inacabados, insatisfações nas mãos, depressão, ansiedade,  estresse no colo e uma aflição no peito que não nos deixa em paz.
Não há nada de errado em se aperfeiçoar, muito menos em querer ser melhor. O problema é quando a vontade torna-se vítima de nossa própria pressa. O que deveria ser a mola propulsora, torna-se fardo diário na vida da gente. 

Sabendo que as coisas que realmente fazem a diferença são muito simples, é bobagem a gente passar a vida toda correndo, somando, tentando, calculando. Além do mais, o que que se leva dessa vida a não ser boas  lembranças?
Substituir as lembranças que incluem cara feia, trânsito infernal, buzina, palavrão, correria desenfreada, decepção, por lembranças como encontro com amigos, abraços, risos, amores, beijos, palavras, realizações, é saber desfrutar da vida com sabedoria e não apenas vivê-la.
Abraços.

A vida e o mar

Creio eu que você leitor que me acompanha seguidamente por aqui, já tenha se dado por conta, salvo raras exceções,   que meus textos, praticamente todos, contêm  relação ou vínculos com a mãe natureza.
Sempre prefiro interior à cidade grande, o ar é mais puro e as pessoas são mais simples. Morar em apartamento? Nem pensar! Minha casa tem um jardim, uma horta, árvores com frutas, gramas e muito verde. É verdade que me dá um certo trabalho, porém, é muito gratificante. Sabe, é uma questão de estilo de vida. E quanto ao mar e a vida, o que eles têm em comum?
Há dias em que o mar não acorda bem, suas águas mudam de tonalidade, suas ondas são mais insistentes, quase que violentas. São os mistérios que envolvem a superfície e a profundidade de tamanha imensidão de água. No dia seguinte, talvez, tudo volte ao seu normal.

Nossa vida tem muito a ver com o mar. Há dias em que tudo parece ser mais exigente. Convivemos ou encontramos pessoas que se assemelham com as pesadas e desordenadas ondas que não se importam com quem cruza  suas beiradas, simplesmente vão atropelando tudo o que encontram pela frente. Há pessoas, uma quantidade até exagerada, que se parecem com o mar em ressaca. Humor intragável, semblante amassado, olhar machucado... Dias pesados supõem mais energias, autocontrole, postura de equilíbrio e minimização do mau humor.
Mas, quem nunca sentiu aquela sensação de liberdade não somente aos pés, mas à existência, ao caminhar a beira-mar sentindo o vento e ouvindo o som das ondas? Existem dias, assim como as ondas calmas e a água transparente, onde a vida segue o seu rumo. Os problemas são  resolvidos, os desencontros se encontram e a paz é edificada. Dias assim, requer um pouquinho de postura e atitude. Não basta a gente idealizar um jeito de ser. A vida é um refazer-se a cada instante. 
Fica aqui a minha torcida para que, em cada amanhecer de sua vida, a bandeira sinalize calmaria, transparência e esperança. Que essas ondas sejam abundantes e constantes. Ou, ao menos, que as ondas bravias sejam passageiras, afim de que, você possa continuar caminhando serenamente à beira-mar.