Novos caminhos

Geralmente, estamos acostumados a fazer as coisas sempre do mesmo jeito. Nossa rotina é como que impregnada de imãs que aquieta, acomoda e impulsiona à simples repetição. Isso nos impede de inovar ou até mesmo de buscar novos caminhos.
Você lembra da última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez?
Quem sabe inventar algo novo no dia de hoje, mudar o trajeto de deslocamento, pronunciar uma palavra que não faz parte do seu vocabulário, prestar mais atenção em você ou simplesmente contemplar o infinito.
Saiba que fazer algo que nunca tenha sido feito, não é privilégio de alguns, mas uma alternativa para todos.
É que gente anda um pouco agitado. Esperamos que algo importante aconteça logo ali na frente e esquecemos o significado do momento presente. E se não houver um amanhã? Portanto, se houver algo diferente para ser feito, melhor não protelar. Mas nada de muito movimento exterior viu. O suficiente para que a vida continue aspirando paz e realização.

Você já se deu conta que a natureza está diferente? Parece que um pintor anda dando um colorido todo especial.
É outono que chegou.  É tempo de frutos maduros, vinho novo, pinhão, castanhas...
É tempo de ceifar os frutos que foram lançados na terra, na esperança de boa colheita.
As noites passam a se mais longas que os dias, a temperatura diminui, algumas aves migram em busca de mais sol e alimentos.

Que a magia e beleza do outono possa despertar em nós o sentido de mudança. Que velhos hábitos possam vir abaixo, assim como as velhas folhas cedem seus lugares para o novo.
Forte abraço. 
Feliz outono.

O barco de Francisco


Após alguns dias de férias, aqui estou de volta. Baterias carregadas, esperança na frente e muita coisa para aprender.
Mais de mil anos foi preciso esperar. O comandante do barco de Pedro, agora,  é um latino-americano. A torcida era que fosse um brasileiro "tupiniquim" (assim é que somos conhecidos pelo pelo resto do mundo, não é mesmo?)
Puxa vida, logo um papa do terceiro mundo! O  que está acontecendo? Será que a Europa deixou de ser o centro do universo?
Concepções religiosas à parte, idealizadores da paz são necessários. Inspiram confiança, ajudam a entender que por mais árdua que seja a batalha, a vida sempre valerá a pena.

Ao meu ver, ocorreram dois acontecimentos inéditos. Bento XVI que humildemente passa adiante seu cajado de bom pastor e a escolha de um papa latino-americano.
A renúncia de Bento XVI comprova que o cajado não era definitivo. Entregar um pouco antes de perder as forças físicas, é altaneiro. Sua atitude, surpresa para alguns e compreensão para a grande maioria. A grande lição que fica é que abdicar do comando é tarefa para humildes. Há muita gente pondo tudo a perder por receio de entregar o cajado a alguém. Todo o poder que não mais se sustenta é apenas aparência, e seria tão simples se os envolvidos em cargos decisórios não se adonassem do mesmo e soubessem que um dia o cajado deva ser passado adiante. Se houvesse rodízio de poder, a história seria outra e o mundo teria um novo aspecto.
Temos uma facilidade incrível de se apegar. Almejamos cargos, travamos disputas acirradas por vitrines, perpetuação do transitório. É uma questão de inteligência saber que o nosso cargo, um dia, será passado adiante. Só assim surgirão boas novidades.

Francisco é o seu nome. Que a carga simbólica e profética de São Francisco de Assis, o santo da fraternidade, simplicidade e dos pobres possa estar presente na barca de Francisco, que ora navega em mares revoltos. A barca que era de Pedro - agora é de Francisco.  Muita luz e que a igreja mude alguns costumes do passado e  zele cada vez mais das Verdade eternas e imutáveis.

Compondo a vida

E aí, como vai sua vida?

Podemos dizer que a vida de todos nós mortais se assemelha a um grande livro com inúmeras páginas. Nessas páginas há rabiscos, melodias, frases, contradições, páginas em branco, alguns com miolo mole, capa despencando, erros de redação e algumas orelhas também.
Na composição da vida há histórias que começam bem e terminam em pesadelos, outras começam bem e terminam melhor ainda... Há certas páginas que se pudéssemos, arrancaríamos num piscar de olhos (tenho algumas dessas páginas). Porém é impossível. Essas páginas fazem parte da composição de nossa história existencial e caso excluídas, ficaria incompleta. É que a vida é feita de alternâncias e as vezes imprime no papel uma outra história diferente daquela que idealizamos ou gostaríamos que fosse descrita.

Se fossemos anotar de fato a composição da vida em um livro, não haveria espaço suficiente e cansaríamos o pulso de tanto escrever. Se não conseguimos anotar tudo, podemos registrar o bem, o que deu certo, as marcas positivas que tocaram a alma humana.
É evidente que há alguns registros com mais sombras do que luzes. Existir é contabilizar acertos e erros. Ater-se ao que não deu certo, sem olhar pela ótica do aprendizado, é desgastar-se inutilmente. Querer extirpar para definitivamente esquecer, é tarefa ineficaz. Seria muita pretensão desejar que a vida seja somente o somatório de acertos. Deixaria de ser humano para ser apenas angelical.
Na composição da vida de cada um, se não há registros caligráficos, há os mentais, que de vez em quando vem à tona pela agilidade da memória. Convém ater-se aos fatos positivos, sempre em maior número.

Não se pode querer anular o que a vida compôs em um determinado momento. Tudo faz pare de um todo, só é preciso harmonizar os fatos. Olhar com olhos maduros que entendam as oscilações da vida e sentir profundamente que tudo valeu a pena. Perceber que a vida não se repete, que todas as páginas tem um significado especial, é amadurecer para a vida.

Problemas modernos

Nessa semana que passou, uma reportagem anunciada por uma rede de televisão, me chamou atenção. Não sou muito ligado aos noticiários de tv e muito menos a ela,  porque geralmente  são anunciadas tragédias, corrupção, violência, subornos, blá, blá, blá... O bom seria se os meios de comunicação divulgassem mais coisas positivas que negativas. Por exemplo: O tal país é o mais feliz do mundo, fulano de tal se deu muito bem na vida e de forma honesta, para a felicidade dos pais, nasceu mais uma criança... Há tantas coisas boas acontecendo, que impulsionam a felicidade e auto-estima, no entanto são esquecidas ou não divulgadas. 
Vamos a notícia que me fez refletir e compartilhar esse texto. Conforme a reportagem, já está comprovado que no ano de 2030, os maiores problemas da humanidade serão a ansiedade, a depressão e o estresse. Você concorda com isso? Está preparado, caso algum venha bater a sua porta?

Para mim, esse tipo de reportagem sempre é bem-vindo, pois me faz refletir sobre o que ando fazendo por aqui, por mim e pelos outros.
A verdade é que sempre queremos mais. Queremos ser mais rápidos, mais produtivos, mais jovens, mais conectados. A impressão que dá, é que as horas passam voando, as folhinhas do calendário viram depressa demais. Quando menos percebemos estamos no meio do caos com planos inacabados, insatisfações nas mãos, depressão, ansiedade,  estresse no colo e uma aflição no peito que não nos deixa em paz.
Não há nada de errado em se aperfeiçoar, muito menos em querer ser melhor. O problema é quando a vontade torna-se vítima de nossa própria pressa. O que deveria ser a mola propulsora, torna-se fardo diário na vida da gente. 

Sabendo que as coisas que realmente fazem a diferença são muito simples, é bobagem a gente passar a vida toda correndo, somando, tentando, calculando. Além do mais, o que que se leva dessa vida a não ser boas  lembranças?
Substituir as lembranças que incluem cara feia, trânsito infernal, buzina, palavrão, correria desenfreada, decepção, por lembranças como encontro com amigos, abraços, risos, amores, beijos, palavras, realizações, é saber desfrutar da vida com sabedoria e não apenas vivê-la.
Abraços.

A vida e o mar

Creio eu que você leitor que me acompanha seguidamente por aqui, já tenha se dado por conta, salvo raras exceções,   que meus textos, praticamente todos, contêm  relação ou vínculos com a mãe natureza.
Sempre prefiro interior à cidade grande, o ar é mais puro e as pessoas são mais simples. Morar em apartamento? Nem pensar! Minha casa tem um jardim, uma horta, árvores com frutas, gramas e muito verde. É verdade que me dá um certo trabalho, porém, é muito gratificante. Sabe, é uma questão de estilo de vida. E quanto ao mar e a vida, o que eles têm em comum?
Há dias em que o mar não acorda bem, suas águas mudam de tonalidade, suas ondas são mais insistentes, quase que violentas. São os mistérios que envolvem a superfície e a profundidade de tamanha imensidão de água. No dia seguinte, talvez, tudo volte ao seu normal.

Nossa vida tem muito a ver com o mar. Há dias em que tudo parece ser mais exigente. Convivemos ou encontramos pessoas que se assemelham com as pesadas e desordenadas ondas que não se importam com quem cruza  suas beiradas, simplesmente vão atropelando tudo o que encontram pela frente. Há pessoas, uma quantidade até exagerada, que se parecem com o mar em ressaca. Humor intragável, semblante amassado, olhar machucado... Dias pesados supõem mais energias, autocontrole, postura de equilíbrio e minimização do mau humor.
Mas, quem nunca sentiu aquela sensação de liberdade não somente aos pés, mas à existência, ao caminhar a beira-mar sentindo o vento e ouvindo o som das ondas? Existem dias, assim como as ondas calmas e a água transparente, onde a vida segue o seu rumo. Os problemas são  resolvidos, os desencontros se encontram e a paz é edificada. Dias assim, requer um pouquinho de postura e atitude. Não basta a gente idealizar um jeito de ser. A vida é um refazer-se a cada instante. 
Fica aqui a minha torcida para que, em cada amanhecer de sua vida, a bandeira sinalize calmaria, transparência e esperança. Que essas ondas sejam abundantes e constantes. Ou, ao menos, que as ondas bravias sejam passageiras, afim de que, você possa continuar caminhando serenamente à beira-mar.

Simplicidade


Definitivamente sou apaixonado por tudo o que é simples! Querem saber porque? Porque tudo o que é bonito tende a ser simples. Acredito que a beleza e a simplicidade andam de braços dados. 
É que a gente não tem muito tempo para observar a natureza, os jardins, as praças de nossa cidade. Há uma lógica silenciosa onde a vida se ocupa somente em ser o que é. Não há conflitos entre os cactos, as minhas roseiras não sofrem de angustia e minhas orquídeas não sabem o que é ansiedade. Simplesmente cumprem o seu destino de florirem ao seu tempo e se despedirem quando é chegada a hora. São simples e belas.
Temos muito o que aprender ou reaprender com a natureza. Ela não necessita de outra coisa, senão a necessidade de cada instante. Você não vê desperdício de forças, dispersão de energias. Há um sincronismo onde tudo concorre para a realização do instante vivido.

A simplicidade é uma forma de leveza que nas relações humanas, faz toda a diferença. Uma pessoa que cultiva a simplicidade tem maior facilidade de tornar leve o ambiente em que vive. Não perde muito o seu tempo em confusões ou por pouca coisa.  Dedica-se verdadeiramente aquilo que vale à pena. 
Gosto de pessoas simples. Elas se encantam com as coisas menores, ficam felizes da vida quando recebem um presente simbólico sem muito valor material, algumas choram feito crianças... Por isso é tão fácil presentear pessoas simples. A simplicidade capacita as pessoas para perceberem que nem tudo gira em torno do materialismo.

Ser simples é compreender e retornar ao estado mais puro de nossa realidade. É andar leve. É não ter vergonha de ser o que se é.
No momento em que simplificamos a vida, a felicidade chegará mais depressa em nossa casa.

Dor e silêncio

Humanamente não tem como não sentir, falar ou escrever sobre a tragédia aqui no Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Maria.
O que dizer nesse momento de dor? Será que existe alguma palavra de consolo que possa ser pronunciada? Não, não há palavras. A dor simplesmente consegue silenciar tudo. É uma dor não localizada, generalizada, tão doída que nem anestésico existe. É uma espécie de frio que invade os ossos e por aí fica torturando. 
Não há palavras, não há respostas para isso e se houvessem não satisfariam. Restam os abraços que confortam, laços que se agigantam, alguém com quem chorar. Há tantas lágrimas por secarem... Mesmo que os olhos voltem-se para os céus, tudo parece tão distante e sem saída. Tudo isso vai passar? Sim! Vai passar um dia, não agora. É preciso silenciar e deixar a dor se acomodar. Mas a dor vai passar.

A nossa vida sempre será o somatório de momentos e sentimentos que se alternam. A dor é decorrência de um grande amor, e se não houvesse amor não valeria a pena viver. Mesmo sendo a dor insuportável, vale a pena continuar amando. É necessário ir adiante e, mesmo que seja difícil de aceitar, a vida tem que continuar.
Essa tragédia não foi a estreia da dor, muitas pessoas já sofreram antes e diariamente, em menor escala, corações são triturados por tanta dor. Houve Alguém que foi elevado ao alto da cruz, experimentou dor insuportável, chegou a gritar: "Pai, por que me abandonaste?" Não houve nenhuma resposta. Em seguida houve uma certeza. Há algo maior que a dor. Depois da dor, o amor; depois da cruz, a luz.

Quando a dor silencia as palavras, não se pode esquecer que a vida continua. Mesmo que pareça não mais existir direção. Novos caminhos terão que ser redescobertos. Esquecer, jamais. Continuar vivendo, sim. 
É pela fé que a vida redescobre novo vigor e novos passos para continuar o seu caminhar. 

Oscilações

Meu filho Lorenzo
Olá prezados leitores e seguidores, tudo bem com vocês?
Quem me acompanha por aqui, deve ter percebido que ultimamente ando oscilando com meus textos e visitas. Normalmente a partilha é de dois textos semanais e seguidas visitas com comentários em vossos blogs. Aprendo muito lendo vocês.
Os motivos passageiros dessas oscilações, é que os meses de dezembro até o início de março, no segmento em que atuo, é bastante corrido e produtivo para mim. Outro motivo bacana, é que no sábado 26/01, o meu primogênito estará completando seu primeiro aninho de vida. Organizar tudo, dá uma correria danada, porém, é muito gratificante.
O filhão já está no clima da festa, se achando o verdadeiro e único Pequeno Príncipe.

Mas aqui estou eu partilhando mais umas idéias com vocês, até mesmo porque ficar muito tempo em silêncio, passa a ser um texto fácil de ser lido de forma errada, não é mesmo?
Aproveitando o assunto, é normal que a vida nos apresente inúmeras oscilações. Algumas são tão fortes que as vezes pensamos em desistir, deixar de lado nossos sonhos, abandonar nosso ideal, ou partir em retirada. Outras nos fazem sentir o peso da responsabilidade, muitas vezes, sem ter com quem dividir. Algumas nos jogam na solidão, mesmo estando cercados de pessoas.
Algumas oscilações fazem com que a gente fale sem ser notado, lute por causas perdidas, e muitas vezes, voltamos para casa com aquela sensação de derrota. É nessa hora que mais precisamos parecer fortes, mas aí aparece aquela lágrima e teima em cair na hora errada.

Diante de tantas oscilações, quem nunca pediu a Deus um pouco de força, de luz, um pouco de paz? E Deus insiste em nos abençoar, porque as respostas sempre vem, seja através de um sorriso, um olhar, uma mensagem, um gesto de amor...
E a gente insiste em prosseguir, em acreditar, em transformar, em estar, em ser, em seguir, porque temos uma missão: SER FELIZ.

A sabedoria do saber

Para cada uma de suas criaturas, a fim de que se desenvolva e seja feliz, o Criador carinhosamente providenciou inúmeras habilidades. 
O não estar bem, a inquietude, sensação de vazio, significam a não exploração na totalidade de suas habilidades. O que anda fazendo com os talentos que há em suas mãos?
Alguns têm o dom da oratória, outros de cantar, de tocar um instrumento musical, de criar projetos maravilhosos, de fazer rir, de ensinar, de cozinhar...
É muito bom saber alguma coisa. No entanto, o que realmente importa é o que você faz com o que sabe. É importante ter algumas experiências de vida. Mais importante ainda é usar suas habilidades de maneira significativa.

Há pessoas que sabem muito, mas não sabem aproveitar a sabedoria que vem de seu próprio saber.
Não basta saber, não basta falar sobre o que você vai fazer. É preciso levantar-se, passo a passo e fazer o que você se dispôs a fazer.
Prepare-se, aprenda, treine, planeja e em seguida faça acontecer. A vida está aqui para ser vivida e experimentada. Portanto, use com sabedoria todos os seus talentos e transforme a vida mais rica, produtiva, sentida e vivida.

Forte abraço!


Regresso

Após alguns dias em pleno ócio positivo e necessário, aqui estou de regresso.
Puxa! É muito bom ver vocês todos por aqui! Vejo que ninguém pulou da árvore.
Como foram de Natal e Ano Novo? Estão todos bem? E as pessoas que vocês amam, estão bem e felizes?
Por mais positivo ou negativo que tenha sido 2012, tornou-se velho.  É como se fosse uma página de um livro que após sua leitura ou não, foi folheada para trás. O enredo ficou na história ou na memória de muita gente.
E as expectativas para 2013, como andam? Ou você vai continuar a  mesma pessoa com as mesmas coisas, defeitos e qualidades? Sempre é possível melhorar e evoluir.
Por todo esse ano novo, o mundo e as pessoas precisarão muito de você.
Mas neste início de 2013, não leve tudo tão a sério. A vida por si só já é séria demais. É responsabilidade daqui, compromissos dali, problemas com isso e aquilo... Sabe amigos, às vezes a gente esquece que a vida tem o seu lado divertido. Deus nos deu a capacidade de rir, de se divertir, de brincar e poucos usam isso. Aqui entre nós: Seriedade demais é muito chato e cansativo.

Não sei se você percebeu, mas hoje já é dia 8. Os dias passam rapidamente. Você quase nem percebe o passar das horas e minutos, o crescer de um filho, a mudança de um amigo, a transformação da natureza... Mal o ano começou e você ai, mergulhado na procura de soluções para seus problemas ou problemas de outros.
Você não deve se anular em prol dos problemas. Eles sempre vão existir.
Seja responsável, seja coerente, mas seja feliz também. Permita-se, é um direito seu. Pule, dance, cante, comemore, seja mais palhaço, mostre que você não é uma marionete e sim, um ser com  vida e luz própria. Não importa o que os outros acham de suas "loucuras", o que importa é o que você pensa e quer. Solte suas amarras e viva bem 2013.
Abração.