Tapeação

Não se preocupem prezados leitores, nesta postagem, "tapeação" não significa sair no tapa ou algum tipo de violência!
Vamos ao desenrolar do texto.
No tempo em que eu trabalhava em uma empresa moveleira, aqui em minha cidade, isto bem antes de eu trabalhar em meu próprio investimento, quando uma peça de móveis saía com alguma pequena avaria, afim de não se fazer outra peça, sempre se dava uma "tapeada", uma lixadinha aqui, um retoque de tinta ali, ou seja, sempre se dava um jeitinho no problema.
Nós brasileiros somos campeões em tapear ou improvisar. Dependendo da situação uma cadeira pode virar uma escada, uma cama pode virar mesa, um pedaço de madeira vira espeto, um parafuso vira cabo, o ser humano vira bicho... Exemplos temos bastante. O que a gente não percebe é que, ao "tapear" determinadas situações ou problemas presente, estamos tornando as coisas mais difícil a longo prazo.

Enquanto nossas "tapeações" permanecem na esfera material, as perdas serão materiais. No caso da empresa em que trabalhei, de tanto fazerem "tapeações", houve perdas de clientes, abriu-se concordata e alguns anos mais tarde, falência total.
A vida da gente não deixa de ser uma empresa. Cada um é o administrador e o principal responsável pelo seu bom andamento.
Não tente "tapear" sentimentos com qualquer coisa, preencher vazio com o que aparece pela frente. Soluções rápidas e fáceis, muitas vezes, podem levar a consequências prolongadas e difíceis. A vida lá na frente é determinada pela maneira de agir agora. Devemos considerar cada uma de nossas escolhas em função de seu impacto total em nossa vida e não apenas com base no que é mais fácil para o momento.
Você, nem sua vida não merecem "tapeações" ou improvisos. Merecem o melhor.

Bom início de semana. 

Oferta e demanda

Falar com precisão sobre oferta e demanda é assunto para economistas. No entanto, todos nós sabemos que quando a oferta é demais o santo desconfia e quando a demanda sobe muito, o santo passa a ser muito caro.
A lei da oferta e da procura, é o que estabelece a relação de um determinado produto com o seu consumidor. Se há muita oferta no mercado, o preço diminui, perde seu valor. Havendo muita procura, o preço começa a  subir. É mais ou menos assim que funciona. 
Quando se consegue uma estabilização entre a oferta e a demanda, os preços tentem a se estabilizar e a economia flui de modo positivo.
Senhores leitores, esta postagem não está lhes parecendo uma aula de economia? E o que isso tem a ver com os post que aqui coloco falando da vida?

Tudo a ver! A vida da gente e de quem a gente se relaciona, também é movida pela oferta e procura. Por exemplo; se você oferecer tudo do bom e do melhor para seu filho, e na hora em que ele quiser, que motivos terá ele para procurar evoluir sua própria vida? Ofereça o que ele precisa e faça algumas restrições do que ele quer.
Isso é válido para qualquer relacionamento. Se eu oferto amor em demasia a uma determinada pessoa, devido ao excesso, ela passa a não valorizar tanto o que recebe. 
Muitas pessoas caem nas armadilhas do excesso de amar demais, contrapartida, alguma dor é inevitável.
Quando excedemos demais, seja por amor ou ajuda, de certa forma e até involuntariamente estamos criando mecanismos de conformismo para a outra parte. Acreditamos que tudo está bem e somos traídos pelo fato de fazer o bem a quem mais amamos. Certamente o amor é a solução de muitos problemas, mas requer respostas. Se quiser uma excelente cotação, passe a valorizar mais o seu próprio amor.

Encontrar o equilíbrio ou um limite entre a oferta e a demanda, é fazer com que a vida passe a ser mais gratificante e leve de ser vivida.
Abraços.

Valor da vida

Será possível calcular o valor de uma vida humana?

Nesses últimos dias, ao acordar pela manhã, os noticiários televisíveis e as capas dos principais jornais estampam "mais uma noite violenta e mortes no estado de São Paulo".
O que pode estar acontecendo com o ser humano? O que leva uma pessoa sair por ai  incendiando, atirando em qualquer direção e em qualquer semelhante? Será uma mutação genética? Será falha e inoperância de quem? O que dizer, como amenizar a dor daquele pai/mãe que perdeu seu filho/filha, ou quem quer que seja, a troco de nada e sem culpa de nada? Infelizmente, a violência não está somente no estado de São Paulo. Todos os dias, há vidas sendo ceifadas precocemente, nos quatro cantos desta Pátria nem tanto amada Brasil.

Quando pequeno, eu tinha medo apenas do escuro, de sapos e de filmes de terror. Inimaginava ter medo de pessoas, muito pelo contrário, aprendi a confiar nos adultos porque todos eram pais e mães de todas as crianças da rua.
Eu sinto muito ter perdido os meus medos de infância! Eles cederam lugar a outros medos. Medo de uma bala perdida, de um assalto, de um motorista imprudente, da violência urbana...
Medo que se faz presença no olhar de crianças, jovens, adultos e velhos.

O que aconteceu com o ser humano? Matar, roubar, violentar, enganar, passar a perna, tudo virou banalidade, notícias policiais, esquecidas após o primeiro intervalo comercial.

Precisamos urgentemente voltar a ser "gente", a discordar do absurdo, a respeitar as pessoas e a vida a cima de tudo.

Motivos

Um dos motivos da demora de novos post, é que minha internet, nestes últimos dias, anda oscilando bastante. Ora encontra-se online, ora desconectada. 
Não estaria na hora das operadoras se preocuparem seriamente com quem lhes mantém ativos no mercado?

Fora isso, e diante a tantos desencantos, quais são os motivos que nos levam a continuarmos nossa jornada enquanto vida? O que nos impulsiona e nos faz viver? O fato, é que nossa vida, esteja ela em qualquer fase, necessita de motivos para seguir adiante. A gente atrofia quando não temos nenhum motivo para lutar, nenhuma causa para abraçar, nenhuma bandeira para defender.
Há muitos motivos para que nenhum ser humano sinta-se um estorvo, seja pela idade, capacidade ou por limitações físicas. O sentir-se útil deve ser condição primordial para nossa realização pessoal.

Outra coisa importante que precisamos entender e encarar com certa naturalidade, é que em qualquer vida, sempre haverá  uma cota de situações infelizes, o que não significa motivos para se acovardar e fugir da luta. 
As circunstâncias da vida podem nos tirar algumas coisas que amamos, mas nunca será capaz de esgotar as coisas boas e valiosas que temos para oferecer.

E quando chegar o dia em que nossas forças físicas em nada ajudarão e, talvez não seja possível realizar nenhuma tarefa, é a partir daí que a vida vale simplesmente pelo fato de ser vivida. Creio eu, que a dignidade humana não deva estar sempre atrelada ao fazer. 
Mas, mesmo que nada se possa fazer, a vida, por sua grandiosidade, continuará tendo seu valor infinito. Isso é um bom motivo para continuar vivendo.

Verdades que negamos

Olá amigos, olá leitores.
Certamente vocês já devem ter ouvido aquela expressão: "não adianta tapar o sol com a peneira". Pois bem, nós adultos somos especialistas em esconder sentimentos,  camuflar amizades e omitir certas verdades, principalmente para crianças. Alguns assuntos ficam no silêncio ou inventamos uma história qualquer porque não gostamos de falar de realidades pouco afetivas.
Geralmente em meus post falo da vida sem rodeios, simples como ela é. Nesta postagem, permitam-me discorrer sobre o pólo antagônico da vida, cujo tema será relembrado nesta sexta-feira, dia dedicado aos nossos ente-queridos.
Durante nosso processo evolutivo, sempre fomos induzidos a negar a própria morte e acreditar na imortalidade da vida. Portanto, para algumas pessoas, o que deveria ser algo natural, passa a ser uma temática detestável.

Por mais que se prolongue a vida, a morte é o destino inexorável de todos os seres vivos. Não se pode negar e ninguém consegue fugir. Compreender e tratar com realismo o entardecer da vida significa buscar serenidade e impulso para viver intensamente cada momento. Saber que haverá um fim, não significa perder o encantamento para com o hoje, tal atitude seria pessimista e paralisante. Ao contrário, pensamos que, ao assumir a finitude da vida, podemos reavaliar comportamentos, escolhas e procedermos a uma diferente hierarquização de valores que poderão dar maior dignidade à nossa existência.
As crises existenciais costumam gerar infinitos questionamentos e sempre haverá perguntas sem respostas. Saber administrar tais situações é questão de inteligência diante do inexplicável. Mesmo assim, não podemos negar o óbvio. Um dia inevitavelmente teremos que partir, deixar tudo, materialmente e afetivamente.
Em meio à reflexão, continuamos vibrando pela vida.

Resmungões

Olá amigos e leitores,
Eu conheço e certamente vocês conhecem pessoas que são peritos gabaritados na arte de resmungar. Para pessoas resmungonas tudo é muito complicado, parece que o mundo está contra elas, a vida passa a ser difícil de encarar e praticamente nada da certo.
Não somos proibidos de contrapor, debater, discordar, porém, o ato de resmungar em nada acrescenta, pelo contrário torna o clima pesado, cria distância e atrapalha na busca dos objetivos.
Os resmungões de plantão, são os que menos procuram encontrar  soluções para os problemas, reclamam de tudo e de todos, são descrentes diante do amanhã, míopes para as coisas positivas e não conseguem sonhar, quando conseguem, não é sonho, é um pesadelo.

Eu acredito que não existe uma trajetória humana que não ofereça possibilidades e oportunidades. O que ocorre é que os resmungões deixam acontecer, desdobram-se em comparações, justificativas e lamentações, enquanto que outros, traçam metas, erguem-se das quedas, miram seu alvo, vão em frente e não querem saber  da possibilidade da derrota.
O segredo para não se tornar uma pessoa resmungona e afastar todo o mundo de seu redor, é saber claramente o que você deseja. Uma vez que você sabe o que quer e porque quer, você será capaz de descobrir como proceder e quais passos a tomar.
Se alguns de seus objetivos não estão sendo alcançados, não significa que você não sabe como proceder. O problema pode ser que você não esteja exatamente certo sobre o que você deseja. Ou ainda pode ser que esses objetivos em si não sejam realmente o que você quer.
Pare de resmungar e mire certeiro em seus propósitos. Certifique-se! O que está fazendo hoje é em prol daquilo que você mais deseja?
Abraços.

Penso, logo existo

Penso, logo existo. Será que essa premissa filosófica de René Descartes, responde nossas inquietudes a respeito da vida e de tudo o que nos cerca? Estará nossa existência resumida somente no ato de pensar?
Sim ou não, o fato é que todos os dias damos de cara com a vida, que simplesmente pede passagem para seguir sua jornada.
A vida se apresenta de forma igual para todo mundo. O que apresentamos a ela no nosso dia-a-dia é o que faz toda a diferença. Se você decide começar seu dia de maneira negativa, não espere no final colher bons frutos.
O bom da vida é que ela é feita de segundos, minutos, horas e dias. Você pode reavaliar, reinventar e dar novos rumos a qualquer momento.

A gente querendo ou não, ela vai passando e oferecendo um leque de possibilidades por onde se possa andar e evoluir. Escolha viver sua vida com sua própria maneira original de ser. Não fique esperando que alguém apareça e lhe diga o quê e como fazer. O verdadeiro prazer e satisfação, encontrará ao trabalhar em seus próprios caminhos.
Também não coloque sua esperança em fatores externos, nem sempre a gente têm controles sobre eles. O segredo é trabalhar com dedicação, afinco e paixão, com aquilo que você tem e gosta.

Essa é sua vida, torne-a grande e significativa. Trabalhe para resolver os problemas, para alcançar seus objetivos e principalmente para trazer seus sonhos à realidade.
A vida é exatamente o que você escolher, viva em sua plenitude e em seus próprios termos.

Bom final de semana.

Missão de ensinar

Sou do tempo em que a minha primeira professora era autoridade e muito respeitada em seu ofício, em sua sala de aula e muito bem visto na sociedade em geral.
Algumas coisas que ora carrego na vida, devo a esses mestres que dominam a arte de ensinar e souberam despertar-me para a aventura que é a vida.

Ninguém esquece a primeira professora, a paciência que dispunha em pegar nossa mão e ensinar a escrever as primeiras palavras, os primeiros desenhos, os primeiros cálculos, a hora da merenda, o recreio... Ela é a responsável pelo início de tudo.
O que lamento e tenho que afirmar a você leitor, é o quanto que deixamos de valorizar nossos mestres. 

Sua missão de ensinar vai além do ato de transmitir conhecimentos. Há uma doação diária de si, na esperança de construir um mundo mais justo, de formar homens e mulheres com novos ideais e objetivos, e quiça sonhar com dias melhores.

A você que é professor, professora, que a cada dia enfrenta um novo desafio na construção de um mundo novo, PARABÉNS pela ousadia!
Oxalá um dia, a sociedade desperte para uma nova consciência.
Abraços.

Vida

Mais do que simplesmente viver a vida, é preciso senti-lá.
Partimos do princípio, amigos. Perceberam que hoje o dia amanheceu normalmente? O que muda nos dias são as variações climáticas. Aqui amanheceu nublado e com uma fina chuva. Talvez onde você esteja, tenha amanhecido um lindo dia de sol.
Nas primeiras horas da manhã nosso ritmo é menos acelerado, depois, por opção ou não, a maioria começam a acelerar, a entrar na correria, na agitação e esquecem de viver e de sentir a vida.
É fato, muitos nem sabem porque estão correndo. Outros  protegem-se por trás de seu individualismo, com sonhos e decepções. Ser o protagonista, o condutor da própria existência, não faz parte das metas de muita gente. A vida dessas pessoas é um verdadeiro caos. Nem elas sabem, se nesta altura da vida, são vilões ou mocinhos, protagonistas ou coadjuvantes, atores ou figurinistas.

Talvez a nossa vida seja um grande seriado, que a cada dia, semana, mês ou ano, apresenta uma nova temporada. Em algumas temporadas somos os protagonistas de nossa história, dramas, romances ou comédias. Em outras temporadas, embora sendo "donos" de nossas vidas, pode ser que apareçam pessoas que se tornem os protagonistas de nossa história. Ou ainda, pode ser que nós nos tornamos os protagonistas da história de outras pessoas. É nesse vai e vem, de inversões de papéis, que a vida vai acontecendo. Percepção e sensibilidade para isso, é viver a vida.

Seja qual for a cena que esteja apresentando, faça com que seja interessante o suficiente para que você mesmo continue assistindo, ora chorando, ora se divertindo, por essa e por todas as próximas temporadas.
O espetáculo da vida é de nossa responsabilidade. Os aplausos ou as vaias, só dependem de nós. 
Abraços.

Lembranças de infância

Chegou mais um final de semana maravilhoso. Aproveite com sabedoria.
O bom de nosso passado, além de guardar belas lembranças, é que podemos retornar para ele a hora que bem entender. Uma palavra, uma estória lembrada ou um simples sinal são suficientes para retroceder ao túnel do tempo. É incrível a capacidade que temos de efetuar registros e guardar lembranças, sejam elas positivas ou negativas. Evidente que temos alguns registros não tão positivos, e podemos até minimizar o efeito, mas eles permanecem onde estão. Outros, porém, são saudáveis e dão sabor às lembranças de infância.
São tantas as que tenho, mas algumas se destacam. Lembro-me que vivíamos brincando, correndo por pequenas trilhas, e sempre tinha alguém mais esperto que amarravam algumas ervas de um lado ao outro da trilha. Quem vinha correndo ou despreocupado, as quedas eram inevitáveis... e as gargalhadas dos amigos também.

Feliz da vida ficávamos quando o pai nos autorizava a subir nos coqueiros, conhecidos também como jerivás. As folhas do coqueiro colhidas, serviam de alimento para os cavalos. Mas, a nossa maior intenção, era colher essa calha em forma de canoa que protege os frutos do coqueiro. A calha era o nosso meio de transporte. Imagine um dia de chuva, a grama molhada, 4 ou 5 amigos cada um com sua calha, apostando corrida morro abaixo. Claro, o mais gordinho ganhava sempre. A roupa?... Ficava um luxo.
Uma vez encasquetei que queria voar, não deu certo e esfolei os joelhos, tentei derrubar um avião com meu estilingue e não consegui, cai inúmeras vezes andando com pernas de pau... Coisas de uma infância povoada de sonhos.
Quais serão as lembranças de infância que as crianças de hoje terão daqui a 10, 15 anos? As brincadeiras de hoje são jogos eletrônicos, armas de brinquedos, computadores... Que pena, essas tralhas já não inspiram gargalhadas que produzem ecos, como aquelas que dávamos em meu tempo de infância.

Tens alguma lembrança engraçada de sua infância? Que tal compartilhar?
Abraços.