Quando pequeno, lembro-me de algumas broncas que levei do papai e da mamãe. Por sermos uma família numerosa, sempre havia algumas pequenas confusões entre os irmãos. (coisa simples como puxões de cabelos, provocações, pontapés...) Quando a coisa era insuportável, a mamãe sempre nos dava uns puxões de orelhas, já o papai quando nos olhava com aquele olhar de desaprovação, ( sabíamos que a coisa era mais séria). Às vezes ele nos perguntávamos: Cadê a educação que ensinei a vocês? O respeito? E os bons modos?
Confesso aqui que nunca me arrependi das broncas que levei do tempo de minha infância.
Confesso aqui que nunca me arrependi das broncas que levei do tempo de minha infância.
O que eu não sabia, lá no meu tempo de infância, é que o respeito, a educação, os bons modos, não eram ensinado à todas as crianças. Digo isso porque não é raro presenciarmos ou até mesmo sentirmos na própria pele a falta de educação e de respeito por parte de quem nos deveria prestar bons atendimentos.
Quem nunca foi mal atendido em uma ligação telefônica? Perdeu a paciência em repartições públicas e privadas? Se estressou na fila do banco ou com a operadora de cartão de crédito? A impressão que tenho é que a grande maioria das pessoas andam armada contra o seu semelhante. Basta você reivindicar seus direitos, requerer um bom atendimento, solicitar uma pequena coisa a mais e pronto: Lá vem uma resposta grosseira, que soa como um desabafo.
O próprio telefone tem se tornado uma arma violenta na boca de muita gente. Através dele, as pessoas se permitem gritar, esbravejar e dizer palavras que, normalmente, cara a cara, teriam vergonha em dizer.
Eu entendo que a correria do mundo moderno requer rapidez e resultados. É certo que isso, às vezes, gera um certo estresse. No entanto, eu e todo mundo, gostaríamos de sermos bem atendidos, de preferência com educação, respeito e bons modos, iguais aqueles que meus pais me ensinaram na infância, principalmente estando eu na condição de cliente.