Onde estão as pessoas elegantes e de caráter simples?
A grande mídia nos ensina, através de suas telenovelas e programas banais, que ser elegante é ter um sobrenome, jóias, muito dinheiro, muito silicone, carros de luxo e um belo nariz empinado.
Há uma coisa muito difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: A simples e pura elegância.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres, de um corpo aparentemente perfeito, de exibicionismos em festas ou frente a câmaras de televisão e de fotógrafos. Abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza, nos acompanha desde a primeira hora da manhã até a hora de dormir, e manifesta-se nas situações mais prosaicas. A pura e simples elegância é a elegância desobrigada.
A elegância, não se aprende através dos livros e bancos escolares, no entanto, podemos detectá-la nas pessoas que não mudam seus estilos de vida para se adaptarem aos de outrem, nas pessoas que escutam mais do que falam, quando falam, não usam um tom de voz superior e nem ficam disseminando fofocas e maldades ditas no boca a boca.
Eu sou fã de pessoas elegantes, porque elas são pontuais, evitam assuntos constrangedores e não sentem nenhum prazer em humilhar os outros. Elas demonstram interesse por assuntos que desconhecem e cumprem sempre o que prometem. Não falam de dinheiro em bate-papos informais, não ficam espaçosos demais e geralmente retribuem com carinho e solidariedade.
A elegância está na simplicidade de vida.