Buenos Aires

Acabou-se as férias, está terminando o mês e a vida continua...
Todos os anos tiro minhas férias, sempre no mês de março, a data escolhida é por uma questão de economia, uma vez que os preços de pacotes de viagens, pousadas e hotéis reduzem suas diárias consideravelmente. 
A idéia inicial era de conhecer todo o Brasil, no entanto, viajar aqui no Brasil está ficando cada vez mais caro. Ora são as altas taxas de impostos praticadas pelo governo, ora é a ganância de empresários brasileiros donos de pousadas e hotéis. Perante a este cenário e avaliando nossos custos, optamos  por Buenos Aires. Sim! Está mais barato viajar para Buenos Aires do que para qualquer parte turística do Brasil.
Não tivemos nenhum contratempo, muito pelo contrário, iniciamos nossa viagem com o pé direito. Estávamos no interior do avião aguardando a decolagem e, eis que se ouve a voz do comandante: "Eu sou a comandante Andréia e conduzirei os senhores até o aeroporto de Buenos Aires... "  Que maravilha, uma mulher pilotando uma aeronave com mais de 250 tripulantes a bordo! Sorte grande a minha, posso dizer sim, que uma mulher me levou nas alturas até Buenos Aires.
Fotos 01 a 04, aeroporto Salgado Filho, Porto Alegre, decolagem, refeição e vôo sobre as nuvens.
Fotos 05 a 08, chegada em Buenos Aires, vista aérea do porto no rio da Prata.e aeroporto Jorge Newbery. 
O rio da Prata é considerado um dos maiores rios do mundo, possui uma superfície de aproximadamente 3.200.000 km².
Do aeroporto fomos até o hotel escolhido por nós, foto 09. Escolhemos este hotel pela sua localização geográfica, fica na avenida 9 de Julho, praticamente em frente ao Obelisco e no centro de Buenos Aires. A partir do hotel, para quem gosta de caminhar, é possível se deslocar a pé para vários pontos turísticos e fazer compras na avenida Córdoba, por exemplo.
O Obelisco é um dos principais monumentos históricos da capital Portenha. Encontra-se na praça de República no cruzamento das avenidas 9 de Julho e Corrientes. Foi inalgurado em 23 de março de 1936 em comemoração ao quarto centenário de Buenos Aires. Possui  67,5 metros de altura, 49 m² de base e 3,5 metros no topo. Possui uma única entrada e quatro janelas no topo que só são atingidas se você estiver disposto a subir uma escada em linha reta de 206 degraus. Este monumento foi construído em 31 dias por 157 trabalhadores. Praticamente todos os dias é possível ver algum tipo de manifestação em sua base.
As fotos de número 13 a 16, são da famosa Avenida 9 de Julho. É a principal avenida de Buenos Aires, começou a ser construída em 1912, terminando em 1930. Recebeu este nome devido a Declaração da Independência da Argentina em 9 de Julho de 1816. É conhecida mundialmente como a avenida mais larga do mundo, medindo 140 metros de largura, sendo 20 pistas de rodagem,  com 10 em cada sentido. Em toda a sua extensão existem inúmeras praças e áreas verdes em homenagem aos revolucionários da Argentina. Em baixo dessas praças você encontra garagens, lojas e passagens para o outro lado da avenida. Ao longo da avenida encontram-se diversos pontos turísticos como: O Teatro Cólon, considerado por Pavarotti o melhor local do mundo para se cantar ópera, o Obelisco, a Embaixada Francesa, o Edifício Eva Peron, a Praça da República e outros. A parte próxima ao Obelisco, devido a grande quantidade de outdoors, é comparada a Broadway na Times Square em Nova Iorque.

Próxima postagem: Compras em Buenos Aires e la Bombonera.

Mulher - Um ser de Luz

08 de março, dia Internacional da Mulher
Olá, tenho todo o respeito a esta data histórica, mas você mulher merece atenção, carinho, respeito e cuidados em todos os dias de sua existência. É bem verdade que a mulher foi gerada após o homem e de uma costela do mesmo. À raça masculina é bom lembrar que Deus desenhou a mulher a partir de uma costela e não dos pés de Adão, portanto, o Ser mulher está em igualdade ao Ser homem. O fato de ter criado a mulher após o homem, não significa que esteja ela em segundo plano, ao contrário, a mulher foi tecida por Deus com uma versão muito mais atualizada. 
Falar de mulher, é falar de um ser mágico, divino, um ser que muitas vezes está além do discernimento masculino e, o homem que conseguir decifrar a essência da alma de uma mulher, conseguiu uma aliada para sempre.
No momento atual, as mulheres vem sofrendo por pura bobagem. O problema é que vocês procuram adaptar-se as teorias que nós criamos sobre vocês mesmas.  Se a onda é a mulher tudo em cima, gostosona, lá estão vocês se arrebentando em alguma academia. Se a moda é ser magrela, passam a viver de pão e água, outras então, preferem  uma comidinha mais leve: chuchu. Se a moda é peitos e bundas, dá-lhe silicone. Que coisa mais sem graça! Vocês não precisam de nada disso, a essência de ser mulher fala mais alto.
É tão gratificante ver uma mulher sorrindo, ela fica linda sendo sincera, uma delícia sendo divertida e quando inteligente deixa qualquer homem maluco.
É tão bacana ver uma mulher que vacila de vez em quando, que chora, que conta suas dores, seus segredos, suas fantasias e histórias, que diz o que pensa, o que sente e o que pretende sem meias-verdades e sem esconder seus pequenos defeitos.
Há muitas coisas em você mulher que nós homens não   conseguimos entender. Nos perdoe quando não entendemos o por que que  você é capaz de passar a vida inteira , lutando contra o próprio cabelo, quando decide comprar uma blusa que não combina com mais nada, só por que estava na promoção, quando sente-se pronta para conquistar o mundo só por  estar usando um batom novo, quando diz não, para ele insistir bastante, e aí ter que dizer sim, quando coloca uma cinta para disfarçar a barriga, quando passa horas olhando vitrines sem comprar nada...Mulher é peça única!
Precisamos observar com mais carinho e generosidade toda doação, compreensão e tantos outros sentimentos de ternura que envolvem o coração feminino ao reconhecer o poder mágico de uma mulher. Seja no vestuário, comportamento ou personalidade, há uma identificação do estilo a que se pretende chegar, seja por meio de uma imagem de mulher executiva, empreendedora, sábia, guerreira ou vencedora.
Estão presentes no coração de cada mulher lições de bondade, superação e segredos, que expressam a beleza de viver e assumir desafios, sem deixar jamais de abandonar os exercícios de amar e perdoar. 
Indiferentemente da classe social a mulher é uma batalhadora e, mesmo em situações de baixo-astral, administra as emoções de modo a buscar liberá-las, quase sempre na hora correta e da forma mais adequada, para servir como solidariedade e dedicação.
Ela chora escondida para não revelar suas fraquezas, mas busca conhecer suas falhas, aprende como lidar com elas e a manter a harmonia aliada ao bem-estar. Verdadeira heroína, diariamente é capaz de encarar o trabalho não como uma obrigação, mas como uma opção de desenvolvimento humano e valorização da auto-estima.
Elas apenas querem flores, velas, romantismo, carinho e respeito, alguns cremes e promoções e nada mais.
Fica aqui minha homenagem à todas as mulheres e, diante deste Ser de Luz me inclino e reverencio.

Tempo

O tempo é veloz e eterno
O tic-tac de meu relógio segue sem descansar... Os dias vão ao encontro da noite e, a noite trás um novo amanhecer.
Muitos amigos que tive na infância,  hoje desconheço, muitos amigos de hoje, com o tempo sei que partirão e a criança que fui outrora, hoje não sou mais.
A vida segue  o seu curso natural e o tempo não volta atrás.
Os tempos são outros e são corridos é verdade, mas ainda tenho o meu tempo para mim e para as pessoas que amo e admiro.


O tempo nos ataca todos os dias com sua eternidade, é o controlador de todos nós e certamente nos quer como seus escravos.
Todos sem distinção, estamos sujeitos a viver em função dele e não em função de quem precisa e amamos.
A vida é curta, o tempo é eterno e a escolha é somente sua!
O que é melhor? Viver uma vida em função do que se ama e acredita, ou uma vida em função do tempo sem ter tempo para mais nada?
O tempo é uma aventura veloz, se você permitir não terás tempo para viver e curtir as coisas boas da vida.
Aliás, será que o tempo tem um tempinho para ele mesmo?
Aproveite bem sua vida e seu tempo.
Até breve.

Tudo ao contrário

Os tempos mudaram
No tempo de meus avós e bisavós as casas eram pequenas, de madeira, de chão batido, cobertas com capim ou com pequenas tábuas confeccionadas pela família. As famílias eram de 8, 10, 12 pessoas, (12 filhos é o caso da minha). Hoje temos casas maiores, só que famílias cada vez menores.
Naquele tempo as estradas eram trilhas, que eram percorridas a pé ou a cavalos até o vizinho mais próximo. Hoje temos auto-estradas e carros velozes, no entanto temos menos tempo e muitos nem chegam ao seu destino, são mortos pela violência do trânsito.
Meus avós e bisavós aprenderam com a vida. Hoje temos cursos superiores, mestrados, doutorados, mas menos senso comum, temos mais conhecimento e menos poder de julgamento, estudamos mais e aprendemos menos.
Já fomos à lua e temos dificuldade em atravessar a rua e conversar com nosso vizinho. Conquistamos o espaço exterior, mas o interior continua vazio. Conseguimos dividir o átomo, menos nossos preconceitos. Aprendemos a ganhar a vida e não  a desfrutamos. Conseguimos somar anos de vida a mais, mas não damos vida aos anos de nossas vidas.
Em nome do progresso construímos grandes obras, geramos muitos empregos, e destruímos a Amazônia. Precisamos de água limpa, mas poluimos os rios e nascentes. Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Planejamos mais e realizamos menos. Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência, somos rápido em tudo e nos irritamos facilmente. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral. Gastamos mais e temos menos. Compramos mais e desfrutamos menos. Tivemos avanço na quantidade, mas não em qualidade. Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores, falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita frequência. Ficamos acordado até tarde em frente a TV, mas não temos tempo para ler um livro e raramente rezamos. Temos mais lazer e menos diversão. 
E nossas crianças como brincam? Balanço de corda, pega-pega, esconde-esconde, pular corda, cavalinho de pau, ... definitivamente os tempos mudaram. Esses são tempos de refeições rápidas e digestão lenta, de homens altos e caráter baixo, lucros expressivos e relacionamentos rasos. Esses são tempos em que se almeja a paz mundial, mas perdura a guerra em muitos lares e países. Esse é um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque, um tempo em que você pode escolher entre fazer alguma diferença ou não.



Hospedaria Ilha das Flores

Hospedaria do Imigrante Ilha das Flores R.J.
Ponto de chegada dos imigrantes.
Na esperança de encontrar os dados de nossos ancestrais que, povoaram o Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, iniciei nesta semana a pesquisa de dados na Hospedaria do Imigrante Ilha das Flores, Rio de Janeiro.
Os primeiros registros de entrada de imigrantes na hospedaria, datam o ano de   1877, e a série vai até 1913. São livros grandes, logicamente escritos à mão,   com colunas para números de ordem, porto de embarque no país de origem,  nome, idade, sexo, parentesco dentro do grupo familiar, nacionalidade, profissão e destino.


Refeitório da Hospedaria Ilha das Flores
O total de registros de navios, chegados de diversas partes do mundo, até então disponíveis para consultas na Hospedaria Ilha das Flores, somam 5.107 navios. Navios a vapores que navegavam por meses e traziam, às vezes mais de mil imigrantes cada. Eram crianças, adultos e idosos que vinham em busca de uma nova vida na América. 
São esses navios que comecei a vasculhar em busca de nossos antepassados. Sei que o desafio é enorme e requer muita paciência e dedicação, pois são centenas de milhares de imigrantes que aqui passaram. Sei também que posso não encontrar nenhum dado em relação aos Alcara, pois muitos imigrantes que aqui chegaram, por motivos diversos, não se juntaram às levas da hospedaria. 
No momento em que encontrar alguns dados de nossa brava gente, compartilharei aqui com todos.



Imigrantes Alcara vindos da Espanha

Fonte: Museu do Imigrante São Paulo.
Os primeiros espanhóis chegaram ao Brasil na década de 1880. Estima-se, que entre 1880 e 1960, mais de 750 mil espanhóis imigraram para o Brasil. A cultura cafeeira se expandia rapidamente no Brasil e a riqueza gerada pelo café acabou por seduzir milhares de espanhóis que partiram para o Brasil à procura de uma vida nova. Os espanhóis foram atraídos ao Brasil com a finalidade de substituir a mão-de-obra italiana no cultivo e colheita do café.
A Guerra Civil Espanhola 1936 - 1939, contribuiu muito para o intenso fluxo de espanhóis que fugiram para o Brasil e outros países como Argentina, Uruguai e Cuba.
Cerca de 78% dos espanhóis que chegaram ao Brasil, a maioria se estabeleceram nas fazendas de café em São Paulo, o restante se espalharam para o Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais.

Trem com imigrantes vindo do porto de Santos para a hospedaria.
Os imigrantes com destino a São Paulo desembarcavam diretamente no Porto de Santos, e subiam a serra de trem com destino à estação situada literalmente dentro da Hospedaria dos Imigrantes. Quem não era contratado passavam algum tempo na hospedaria  até encontrar serviços geralmente em uma das inúmeras fazendas de café. A Hospedaria dos Imigrantes, é conhecida  hoje, como Memorial do Imigrante.

Famílias de imigrantes em frente a hospedaria. São Paulo 1908.
O porto de maior movimento nos anos da grande imigração 1880 - 1910, foi sem dúvida, o de Rio de Janeiro, sobretudo porque lá desembarcavam imigrantes com destino a Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Os que vinham contratado por Minas Gerais, seguiam de trem até Juiz de Fora, e os destinados ao sul do Brasil eram embarcados em navios de cabotagem (costeiros) que transportavam  até  seus destinos.

Movimentação de imigrantes no Porto de Rio de Janeiro 1880.
Caso algum Alcara seja descendente de algum dos imigrantes acima e queira a certidão ou registro de desembarque, favor entrar em contato utilizando o link de comentários.


Registro de nossos antepassados.

Manter o registro de nossos antepassados é mantê-los vivos.
Registro do censo Argentino de 1855


No México existe uma crença de que cada pessoa morre três vezes...
A primeira acontece no momento em que as suas funções vitais param de funcionar.
A segunda morte acontece no momento em que o seu corpo é sepultado.
A terceira morte acontece no futuro, no momento em que o nome do falecido é lembrado e pronunciado pela última vez.
Aí então a pessoa realmente está morta.
Enquanto alguém manter algum registro e lembrar de seus ancestrais, estes não estarão completamente mortos.
Podemos ter o mesmo nome em comum, porém o nosso diferencial está no sobrenome Alcará.
Esse sobrenome é o que nos identifica, nos distingue das demais pessoas. O sobrenome não é um simples rótulo, mas sim representa toda uma história de tradição e de vida. Através do sobrenome podemos descobrir  de onde surgiram  os nossos ancestrais, para onde partiram, suas histórias, lendas e aventuras. É o legado mais importante que podemos deixar para as futuras gerações de Alcará.
O documento acima (clique no documento para aumentar), refere-se ao censo Argentino do ano de 1855. Os Alcaras presente neste documento, por ordem de numeração são: 3) José Alcara, 4) Juana Alcara, 5) Pastor Alcara, 6) Francisca Alcara, 7) Gregório Alcara, 8) Pedro Alcara, 9) Maria Alcara.

O total de dados disponível que tenho até o presente momento, envolvendo o sobrenome Alcará é de 3.827 nomes. Dados de censos, batizados, casamentos e óbitos nos seguintes países: Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Itália, México, Paraguai, Peru e Uruguai.

Caso algum Alcará tenha interesse em algum nome específico, favor use a caixa de comentários abaixo e solicite o nome de seu ancestral, quem sabe ele já esteja em uma de minhas listas e o mais importante é de graça.

Safra da uva 2010

Miguel Alcara otimista com sua produção de uvas
O ano de 2010 foi um excelente ano para o cultivo das videiras avalia o vitivinicultor Miguel Alcara no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves. Embora o governo esteja pagando o valor de R$ 0,54 centavos ao quilo (preço mínimo até 15 graus), o clima e o tempo ajudaram muito, com isso a produção compensa em quantidade e qualidade. A expectativa da safra deste ano será em torno de 150 mil quilos de uva avalia o produtor.
Na foto acima, ao lado esquerdo, Miguel Alcara, na parte inferior, literalmente perdido em meio as videiras seu filho Miguel Júnior Alcara. Ao lado direito da foto, esse que vos escreve dando uma de entendido no assunto.

Parreirais Vale dos Vinhedos
As  parreiras  são plantas vigorosas, e se bem cuidadas, em dois anos já começam  produzir   seus primeiros frutos. Existem literalmente centenas de variedades de uvas e estas podem ser consumidas in natura, passas de uva industrializada,  doces, geléias, sucos, vinhos e espumantes.
As primeiras mudas de videira chegaram em Bento Gonçalves no ano de 1875 quando os primeiros imigrantes italianos aqui se estabeleceram. No início a produção era apenas para o consumo próprio de cada família.
Por volta de 1890 o êxito desse cultivo era tão surpreendente que os colonos iniciaram a comercialização do vinho para a capital do Estado e outras cidades.
Acervo: Museu do Imigrante
O transporte do vinho era feito no lombo de burros e mulas, alojado em dois barris de 40 litros cada, colocado um de cada lado do animal. As filas de 10 a 12 animais percorriam a distância entre a propriedade rural até os pequenos povoados onde havia uma casa de comércio ou armazém colonial. Os colonos negociavam seus produtos por troca. Trocavam vinho, queijo, porco, feijão, trigo, etc... por café, açúcar, tecidos, querosene e máquinas agrícolas. 

Colheita da uva. Fonte: Arquivo Histórico Municipal
A uva era colhida em balaios feitos com cipó e esmagado com os pés. A fermenta- ção se proces-sava em pipas de madeira instaladas no porão da casa, onde todas as operações da vinificação eram feitos pela própria família.
A foto ao lado demonstra como era um porão típico de um imigrante italiano que cultivava a vinha para a produção de vinhos: Cestos de cipó ou vime para a colheita e pipas de madeira para armazenar o vinho que deveria durar e abastecer o consumo da família até a colheita do ano seguinte.



Imigrantes Alcará nos Estados Unidos

Em busca de novas terras.
O fluxo de italianos para os Estados Unidos teve seu auge por volta de 1780. A Itália enfrentava uma de suas maiores crises com altas taxas de natalidade, baixos salários, tarifas de produtos elevados, desflorestamentos, erosão do solo e falta de boa terra para o cultivo. Em 1890 o enxofre foi descoberto no Texas, esta descoberta acabou fechando a principal indústria de mineração sulfúrica da Sicilia, fazendo com que um grande número de italianos fossem procurar uma vida melhor na América.
Os Alcara começaram a migrar da Itália para o Estados Unidos  a partir de 1903 onde constituiram suas famílias e ajudaram a construir o que hoje é os Estados Unidos.

Os pioneiros da família Alcara que imigraram da Itália para os Estados Unidos foram:

         Fonte: Fundação Ellis Island.org

Para os americanos mais estabelecidos, os imigrantes italianos tinham o estereótipo de sujos, analfabetos, criminosos, agitadores sindicais e anarquistas. Durante a Segunda Guerra Mundial, italianos que não tinham completado o processo de naturalização foram categorizados de Enemy Aliens (imigrantes inimigos). Muitos eram barrados de certas áreas restritas e até expulsos de suas casas. Mais de um milhão de  ítalo-americanos serviram durante a Segunda Guerra Mundial e uma média de mil italianos  considerado pessoas de alto risco, foram mantidos em um campo de concentração militar em Missoula Montana.

Embarações:
Conheça alguns dos vapores que transportaram os antepassados da Familia Alcara. Esse vapor foi criado por Scott Shipbuiding & Engineering Company. Greenock na Escócia em 1889. Seu peso bruto é de 2.900 toneladas, comprimento de 363 metros por 42 metros de largura e velocidade de 12 nós. Capacidade para 1.175 passageiros, sendo que  25 de primeira classe e 1.150 de terceira classe.
Foi construido para o Governo Português com o nome de Rei de Portugal. Em 1902 foi vendido ao principe Line e rebatizado como Principe Napolitano. Em 1911 passou a servir a Companhia de Navegação Mixzte Line e recebeu o nome de Manouba. Foi desmanchado na Itália em 1929.
Viajou com esse vapor em 1905 de Palermo aos Estados Unidos Francesco Alcara (20 anos) e mais 426 passageiros.
Em 1906, partiram da Borgia, Itália com esse mesmo vapor, os imigrantes  Giovanni Alcara (5 anos), Maria Alcara (13 anos), Pietro Alcara (14 anos) e Elisabetta Alcara (21 anos) e mais 296 passageiros.

Este é o Vapor Itália que transportou  a imigrante Maria Tereza Alcara (34 anos) de Olivadi Itália até o porto de Nova Iorque, Estados Unidos. A embarcação partiu da Itália no dia 09 de setembro de 1911 com 255 passageiros.

Este é o vapor Hamburg que partiu da Itália porto de Palermo, rumo ao porto de Nova Iorque no dia 07 de novembro de 1911 transportando a imigrante Giuseppa Alcara.



Ficha de controle de desembarque nos Estados Unidos
Para todo o imigrante que chegasse aos portos dos Estados Unidos era gerado um cadastro com o nome, sobrenome, idade, sexo, estado cívil, nascionalidade, residência de origem, porto de embarque e desembarque , nome da embacação e data de chegada.
Ao lado, como modelo cito o registro original do cadastro de chegada da imigrante Giuseppa Alcara. Os Estados Unidos sempre tiveram um controle rigoroso sobre qualquer imigrante que chegasse aquele país, e isso nos permite nos dias de hoje buscar a origem de nossos ancestrais. No Brasil ao contrário, é muito difícil coneguir documentos originais, somente com muito esforço e dedicação. Muitos documentos já se perderam por falta de cuidados e um grande número de  imigrantes não foram cadastrados durante a sua chegada de desembarque nos portos brasileiros,  passando a viver como clandestinos ou ilegais.

Feliz Ano Novo!!!

Feliz Ano Novo
Em breve abriremos um novo livro. O título do livro podemos chamar de: Novas Oportunidades. As suas páginas estão em branco, por isso vamos pôr nele palavras que confortam, gestos que sirvam como exemplos e atitudes que podem mudar para melhor a realidade e a vida de quem nos cerca. O primeiro capítulo é dia 1º de janeiro de 2011. Escreva a sua história e, que seja bela.

É importante lembrarmos que nenhum ano será realmente novo se continuarmos a cometer os mesmos erros dos anos velhos. Um ótimo Reveillon e que seja bem-vindo 2011.