" O que se tornou perfeito, inteiramente maduro, quer morrer." - Nietzsche.
A morte é o destino inexorável de todos os seres vivos. No dia de ontem, 23/04/13, partiu de nosso convívio, a senhora Esmelinda Alcará, mãe de quem aqui escreve.
A própria palavra "morte" desperta medo no coração da gente. Ao analisar, descobre-se que a morte é tão incompreensível quanto inevitável. Mal conseguimos falar a seu respeito. Essa reação de medo é compreensível, pelo fato de que muitas pessoas pensam que a vida nada mais é do que um estado no qual o corpo humano está biologicamente ativo. Mas é hora de nos perguntarmos: O que significa realmente a morte? O que acontece após a morte, se é que acontece? Como reagir diante de alguém que partiu?
O mistério da morte é parte do enigma da alma e da vida em si. A morte só é entendida a partir do momento em que entendemos a vida. Durante a vida como a conhecemos, o corpo é vitalizado pela alma; na morte ocorre uma separação entre o corpo e a alma. Porém a alma continua a viver como sempre fez, agora livre das restrições físicas do corpo. E como o caráter, a bondade, virtudes e altruísmo, de uma pessoa estão na alma, é lógico presumir que ela ascenderá a um estado mais elevado após cumprir sua missão terrena.
Embora se saiba que a morte representa a elevação da alma a um nível mais elevado, mesmo assim não deixa de ser uma experiência dolorosa para quem fica. Quando perdemos um ente querido, surgem emoções fortes e até conflitantes: a mais natural delas é a tristeza pela ruptura e perda de laços.
Já aprendi e sei que seria bárbaro eu não ficar triste, mas sei também que não devo ficar triste por mais tempo que o necessário, caso contrário, a morte de minha mãe se tornaria uma presença em si, continuamente me entristecendo e impedindo de progredir na vida.
Nesse momento, tentar diminuir a expressão de dor de nossa família é inadequado e doentio, mas sabemos que ao permitir que o nosso sofrimento nos domine é esquecer de maneira egoísta o verdadeiro significado da morte - o fato de que a alma de um justo encontrou um lar ainda mais justo.
Aos amigos e familiares, estou de luto, mas estou bem
Abraço.
Nestor, meus sentimentos sinceros !
ResponderExcluirEssa hora é difícil mesmo, dolorida, por mais que se saiba de tudo. Viver o luto enquanto o coração pedir e depois, a dor se transforma em saudade e depois, boas lembranças com as quais se convive...
Um abraço especial, sentido para ti e todos da família! chica
O tempo e o silêncio providenciarão o discernimento que apaziguará a alma e o coração.
ResponderExcluirGrato pelo carinho.
Abraço.
Com o tempo é a saudade alegre que ficará, fazendo com que ela nunca vá embora da memória de quem a amava.
ResponderExcluirMeu abraço, Nestor.
Fique bem.
Oi Milene,
ExcluirNós filhos, somos a imortalidade de nossos pais, portanto, jamais morrerão.
Abraço.
Oi, Nestor! Seu texto revelo que a dor, por maior que seja diante da morte, pode ser permeada pelo manto da sabedoria. Aceitar a partida e o sofrimento que a ruptura inevitável traz por consequência já são passos primordiais para aprender a conviver com as boas lembranças e a saudade. Receba meu abraço!
ResponderExcluirOi Bia,
ExcluirTudo é um ciclo, alguns partem, outros chegam. O que permanece imutável é a essência e a alma incorruptível.
A vida sempre pedirá passagem.
Abraço.
Oi Nestor!!!Só vi agora lendo seu texto, sinto muito pela morte de sua mãe,como você mesmo disse, tudo é um ciclo,meus sentimentos,e bom saber que esta bem.Abraço.
ResponderExcluirOi Margarete,
ExcluirEstá tudo bem. A vida segue o seu curso.
Abraço.
Boa tarde, Nestor. Conhecendo o seu blog hoje, pois o vi no espaço da Bia Hain e resolvi conferir.
ResponderExcluirLi algumas coisas, mas quis ver essa postagem, não sabia do que se tratava ainda.
Você tem uma consciência mais amadurecida sobre a morte e parece estar lidando bem com ela.
Sei que a ausência física da sua mãe sempre será sentida, mas acredito, que a tenha ao seu lado, espiritualmente.
Muita força para você.
Eu perdi a minha em 2010 e não tem como não querer o seu colo, mas sei que ela está melhor no céu, do que sofrendo na Terra.
A missão dela findou-se aqui, mas graças a Deus, sonho com ela, a amo e sempre amarei.
Acredito ser assim com todos os filhos!
Parabéns pelo seu espaço.
Fico por aqui!
Beijos na alma e excelente semana!
Oi Patrícia,
ExcluirPara quem parte, a morte nada mais é do que o coroamento de uma vida. Para quem fica, por mais que se entenda, sempre será um ruptura dolorida. Laços são desfeitos.
Compreender que a vida precisa da morte para continuar sua missão é fundamental para quem permanece nessa vida.
Abraço.