Olhando as listas

Vamos em frente, o ano ainda não acabou.
A essa altura de 2014, as pessoas já dão sinais de cansaço, a sensibilidade torna-se mais aguçada, é tempo de avaliações, encaminhamentos e preparação para o Natal e ano novo. Empresas organizam férias coletivas, o comércio fica mais agitado, as pessoas correm de um lado para o outro com o objetivo de conseguir fechar o ano com "chave de ouro".
No início de cada ano, costumamos fazer algumas listas que têm o objetivo de nos auxiliar a cumprir com os compromissos aos quais nos propusemos no decorrer do ano que estamos deixando para trás. São nossas metas e objetivos pessoais, social e familiar. Está em dia com sua lista?
Com o advento do Natal e ano novo, outra lista entra em cena. São as lembranças e mimos para familiares,  amigos, não esquecendo àqueles menos favorecidos e desamparados. Caridade deve ser item fundamental em nossa lista.

Ganhar presentes é bom, e não precisa ser um presente caro. A força de um gesto sincero sempre valerá mais do que qualquer valor econômico. Muito mais do que presentes caros, o coração humano necessita de carinho, compreensão, acolhida e amor.
Fazer-se mais presente na vida das pessoas que amamos ou que estão em nosso ciclo de amizade,  seria um belo item a ocupar nossa próxima lista.

No decorrer de 2014, quantas vezes ofertamos a eles abraços carregados de afeto, cumprimentos sinceros e dissemos que os amamos?
O quanto nos fizemos presente na vida de nossos pais, filhos e amigos? Quantas vezes incluímos em nossos planos diário? Aos pais, oferecemos o presente da companhia desinteressada, do apoio nos momentos que precisaram? Aos filhos, se ainda criança, quantas vezes estivemos ao lado deles brincando, dando-lhes bons exemplos, ensinando-lhes as verdades e também as coisinhas mais simples e importantes da vida? Aos amigos, oferecemos o presente da amizade sincera?

Os melhores presentes são essas atitudes que dão sentido à vida e fazem com que ela seja mais intensa, leve e feliz.
Forte abraço.

Leveza

Abram as janelas, deixem o sol entrar, está chegando o verão. Verão lembra férias, mar, livros, tempo de encontro com amigos, com a família, e por que não consigo mesmo?
Verão com final de ano é tudo de bom. A gente esquece a pressão do tempo, o tic-tac do relógio não faz sentido, a rotina fica de lado. Verão é tempo de descomplicar as coisas e usufruir mais da vida. Com os dias mais aquecidos, nossos pés parecem querer liberdade. Os calçados fechados cedem lugar aos chinelos que recordam frescor, leveza, espontaneidade. Faz um bem enorme ter leveza nos pés e na alma.
No entanto, não há necessidade de esperar pelo verão, período de férias e nem mesmo aguardar o aval de outros. Aliviar o ritmo deve fazer parte do cuidado que cada um deve alcançar a si mesmo.

Não sei se você já concertou chinelos, mas na minha infância, quando rompia uma das tiras, antes de descartá-lo totalmente, a gente dava um jeito. Era concerto artesanal mesmo, às vezes as tiras ficavam de cores diferentes, outras vezes tinha o famoso preguinho atravessado por baixo ou outras engenhocas que a criatividade oferecia. Quem já usou chinelo com um preguinho nas tiras sabe do que estou falando...

Hoje em dia, um mínimo defeito que ocorra em nossos chinelos, descartamos. Com tantas comodidades, ficou mais fácil adquirir um par de chinelos. Eu até gostaria de ganhar do Papai Noel um novo par de chinelos. Mas daqueles bem simples, 39/40. Sabe por quê? Porque toda vez que for usar lembrarei que a caminhada da vida é feita com o frescor da liberdade e passos leves. Prometo usar até serem gastos. Afinal, a caminhada da vida, os problemas existenciais, nunca terão fim. Qualidade de vida, requer um ritmo menos sufocante, se for com um par de chinelos, melhor.

Abraços.