Na contramão

Orquidário pessoal
Ultimamente venho andando mais na contramão do que recomenda o senso comum. Explico: Os noticiários dão conta de que o mundo todo pode estar sendo espionado pelos Estados Unidos, inclusive, até  o papa Francisco não escapou da curiosidade alheia.  As manifestações de ruas, legítimas ou criminosas continuam aflorando. Jogador de futebol brasileiro, escolhe jogar a copa do mundo pela seleção espanhola. A corrupção, a desonestidade, a falta de vergonha na cara, continuam no meio político e em tantos outros segmentos... Puxa vida, tanta coisa acontecendo, e eu aqui tranquilo, cuidando de minhas orquídeas e das pessoas que amo! Não estou sendo egoísta demais?
Sei que há pessoas passando por pesadelos, frustrações, pressões no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos, decepções e que muitos sonhos estão sendo desfeitos.

Meu Lorenzo pronto para festa fantasia
Ninguém está imune, diante da avalanche de problemas que nos é colocado no nosso dia-a-dia. O fato de eu estar andando na contramão, significa que não acredito em tudo o que vejo, leio ou que me dizem. Eu simplesmente coloquei alguns filtros em minha vida. O que for bom será assimilado, o restante, rapidamente  descartado. Esses filtros são o que me mantém em equilíbrio e me proporcionam paz interior. Essa paz é o que me mantém voltado para o meu bem estar e das pessoas que amo e que estão próximas de mim. Não me culpo e nem me sinto responsável pela paz mundial, mas sim, responsável pelo bem estar e paz de quem está ao meu lado. Acredito que a paz deva começar em cada ser, cada lar e depois espalhar-se aos quatro cantos. Penso que uma pessoa que diz não ter paz é porque não tem amor próprio. Ninguém tem o dirito de invadir a paz de ninguém, a não ser que se permita. Tempestades sempre virão e existirão. Portanto, ande na contramão, acredite em você, valorize-se, use filtros. Você é o único responsável por sua paz, seu bem estar e sua felicidade. Estando feliz, os outros seguirão o seu exemplo.
Abraços.

Dia da alimentação

Orquidário pessoal
Temos o que comemorar nesse dia?

Não podemos negar que a ciência e a tecnologia visualizam rapidamente novos horizontes. Ninguém poderá reter a velocidade da criatividade. Recentemente pesquisadores da Universidade Livre de Berlim, desenvolveram o carro autônomo, que dirige sozinho. Segundo explica Tinosch Ganjinesh, um dos responsáveis pelo projeto, tal carro é dotado de scanners a laser que medem a distância, combinados com sensores que medem a velocidade de outros carros e câmaras que observam a situação em frente, como pedestres e sinais de trânsitos. Tais informações chegam ao porta-malas, onde são processadas e combinadas num computador central, que envia os comandos de velocidade para o motor. É assim que o carro consegue se mover sozinho. A pesquisa vai mais longe, afirma o pesquisador; a próxima tecnologia consiste em dirigir o carro com a força do pensamento. Sensores na cabeça do motorista interpretarão os comandos vindos do cérebro e o carro andará. O presente está cada vez mais com a cara do futuro.

Que bom que temos cientistas e cérebros bem dotados que avançam em direção ao ilimitado. Acredito que parâmetros deixarão de existir, conquistas surpreenderão e facilidades estarão mais próximas de todos. É nesse cenário que nossa vida está se movimentando. Não há que temer o futuro, pelo contrário, a esperança deve perpassar todas as instâncias.
Por outro lado, um problema milenar, continua vitimando milhares de pessoas; o drama da fome. Acabei de ler uma reportagem local, aqui onde resido, cidade rica e cara, onde 5% da população vivem a baixo da linha da pobreza e passam fome. Esse problema da fome já não deveria ter sido solucionado? Incrível como os dramas humanos não preocupam os cientistas. Os carros andam sem motoristas. A fraternidade universal continua uma utopia. Bendito seja o avanço da ciência! Bom seria se, ao mesmo tempo, a dignidade humana fosse visível em todos os recantos deste universo.
Enquanto aguardamos o carro dirigível com a força do pensamento, quem sabe, a solidariedade se intensifique no coração de muitos que estão unicamente extasiados pelas descobertas e aperfeiçoamento dos meios. Pessoas do bem aspiram uma vida marcada pela humildade.  Se necessário for, caminha-se quilômetros, desde que não falte a  paz e alegria. Mãos que se entrelaçam, olhares que se encontram, são verdadeiras descobertas para quem não aceita ficar à margem da felicidade.
Abraço.

O que sinto e vivo

Orquidário pessoal
Olá pessoal, como vai a vida?
O inverno parece que despediu-se. Por aqui houvem-se cantos de pássaros, os dias são mais ensolarados e a primavera está de retorno com flores e perfumes diversos.
Para quem quiser, a natureza, todos os dias, oferece exemplos de recomeço e grandes lições de vida. Não importa se o ser humano é bom ou ruim. Simplesmente vai imprimindo o seu ritmo, transformando e se transformando. Exemplos estão por todos os lados e para quem quiser ver.

É mais ou menos nesse ritmo que estou vivendo. Já cheguei na casa dos quarentões e a sensação que sinto, é que parece que tenho menos preocupações quando tinha meus vinte e poucos anos. O fato é que não perco mais o meu tempo com mediocridades. Aprendi a não tolerar a falsidade de gente que fala por tás, gente ingrata que esquece o bem que fizemos nos momentos difíceis. Não ligo mais para gabolices e não me sinto bem na presença de pessoas invejosas tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. 

Orquidário pessoal
Não discuto se um mais um são dois, nem de tudo o que  é óbvio. Já não sinto saudades dos erros e acertos do meu passado. Não tenho tempo para administrar chiliques de pessoas, que apesar da idade continuam imaturas. Não faço mais acareações de desafetos de pessoas infelizes que responsabilizam os outros pelos seus próprios fracassos e muito menos perco o meu tempo em julgar ou "tirar fatos a limpo", seja de quem quer que seja. 
O que estou sentindo e vivendo, seria a tal crise dos quarenta? Aliás, alguém poderia me explicar o que seria essa crise, e se de fato ela existe?
Crise ou não, a idade cronológica me permite querer a essência, viver ao lado de gente muito mais humana; que sabe rir de seus tropeços, que não se encanta com triunfos e que jamais foge de sua mortalidade.

Com o desenrolar do tempo, aprendi que não é um mundo cheio de coisas, mas sim pequenas coisas essenciais que fazem a vida valer a pena.
Abraço.