Pensar e agir

Você pensa antes de agir ou age antes de pensar?
Não é raro escutarmos ou até mesmo presenciarmos, por pequenas coisas, cenas de violência no trânsito, pais gritando ou brigando com seus filhos, chefes estressados com seus funcionários... 
A tensão que alimentamos em nós é a responsável pelos maiores erros cometidos em nossa vida. Falamos palavras indevidas, cometemos gestos diante das pessoas que amamos que jamais deveríamos expressar.
O fato de vivermos debaixo da ditadura de respostas imediatas, do tudo é pra ontem, da necessidade compulsiva de reagir quando pressionados, faz com que cometemos muitos erros, alguns muito graves.
O dito popular de contar até dez antes de reagir, não funciona ou é considerado imaturo. As pessoas estão explodindo por qualquer sintoma de pressão ou contrariedade.
Precisamos reaprender que pensar antes de reagir é uma das ferramentas mais nobres do ser humano nas relações interpessoais.

Uma das ferramentas que uso, em momentos de tensão é o silêncio, considerado a oração dos sábios. O silêncio preserva a sabedoria quando somos ameaçados, criticados, injustiçados. Silenciar não é se aguentar para não explodir, o silêncio é o respeito, pela própria inteligência e o propulsor da paz.
Cada vez mais as pessoas estão perdendo o prazer de silenciar, de se interiorizar, refletir, meditar. Tornam-se escravos do binômio bateu-levou.
Não estão com nada, essas pessoas que batem no peito e dizem não levar desaforo pra casa. Simplesmente não pensam nas consequências de seus atos. Muito menos quem se orgulha em vomitar para fora tudo o que pensa, machucam mais quem deveria ser amado.
Meu estilo de vida combina mais com pessoas simples, até mesmo sem cultura acadêmica, porém, tolerante, do que com seres de ilibada cultura saturada de radicalismo, estrelismo e egocentrismo.

Finalizando, sabedoria e tolerância não se aprendem nos bancos escolares, mas no traçado da existência. Prefiro as pessoas lentas no pensar do que as rápidas em machucar.

Pai, papai, paizão...

Olá,
Os tempos são outros, não podemos negar. Na época de meus pais, a idade estava relacionada à cor de seus cabelos. Hoje, nem sempre se sabe quando alguém já está com os cabelos brancos. Mas isso não importa. Os anos podem ser disfarçados, a certidão, porém,  não aceita rasuras. É bem verdade que alguns números não são essenciais. Entre eles, está a idade. Não convém recordá-la a todo instante. A existência é muito mais do que o registro cronológico. O que conta mesmo é o entusiasmo direcionado ao viver. Há pessoas que nunca perdem a jovialidade. Acostumaram a ficar de pé diante das adversidades da vida. Entre essas pessoas estão os nossos pais.
Infelizmente, o comércio lembra mais dos pais do que muitos filhos. Se bem que há pais que não lembram de seus filhos. Acredito que falar de pai é recordar os cabelos brancos da experiência, da doação, da ternura e do amor incondicional.

A dinâmica que envolve os laços familiares é fantástica. Nada é mais significativo do que pertencer a uma família. Talvez sejam os sentimentos que mais facilmente se eternizam. Não há superficialidade quando o amor perpassa e faz surgir uma nova geração que está interligada pelo cuidado mútuo. Ao menos deveria ser. Com algumas exceções, a família continua sendo o espaço ideal para que a vida seja gerada, cuidada e plenificada.
E o que dizer a uma multidão de mulheres que hoje são pai e mãe ao mesmo tempo?
Um obrigado é muito pouco, um presente, não é tudo. Um jeito elegante de celebrar o dia de nossos pais pode ser visualizado através do carinho, respeito e reconhecimento. Afinal, só existe uma nova geração porque a anterior se esmerou na doação.
Quando o amor é intenso, a cor do cabelo pouco importa. Um pai é uma resumo da história, mas é muito do que somos. Que cada filho(a) consigam exercitar a gratidão para com seus genitores. O encontro de gerações convida ao exercício da paciência e de valorização da diversidade. O tempo que não passamos junto a nossos pais, jamais será recuperado. Cuidar é uma forma de amar.

Parabéns a todos os pais leitores e frequentadores do blog Família Alcará.