Problemas modernos

Nessa semana que passou, uma reportagem anunciada por uma rede de televisão, me chamou atenção. Não sou muito ligado aos noticiários de tv e muito menos a ela,  porque geralmente  são anunciadas tragédias, corrupção, violência, subornos, blá, blá, blá... O bom seria se os meios de comunicação divulgassem mais coisas positivas que negativas. Por exemplo: O tal país é o mais feliz do mundo, fulano de tal se deu muito bem na vida e de forma honesta, para a felicidade dos pais, nasceu mais uma criança... Há tantas coisas boas acontecendo, que impulsionam a felicidade e auto-estima, no entanto são esquecidas ou não divulgadas. 
Vamos a notícia que me fez refletir e compartilhar esse texto. Conforme a reportagem, já está comprovado que no ano de 2030, os maiores problemas da humanidade serão a ansiedade, a depressão e o estresse. Você concorda com isso? Está preparado, caso algum venha bater a sua porta?

Para mim, esse tipo de reportagem sempre é bem-vindo, pois me faz refletir sobre o que ando fazendo por aqui, por mim e pelos outros.
A verdade é que sempre queremos mais. Queremos ser mais rápidos, mais produtivos, mais jovens, mais conectados. A impressão que dá, é que as horas passam voando, as folhinhas do calendário viram depressa demais. Quando menos percebemos estamos no meio do caos com planos inacabados, insatisfações nas mãos, depressão, ansiedade,  estresse no colo e uma aflição no peito que não nos deixa em paz.
Não há nada de errado em se aperfeiçoar, muito menos em querer ser melhor. O problema é quando a vontade torna-se vítima de nossa própria pressa. O que deveria ser a mola propulsora, torna-se fardo diário na vida da gente. 

Sabendo que as coisas que realmente fazem a diferença são muito simples, é bobagem a gente passar a vida toda correndo, somando, tentando, calculando. Além do mais, o que que se leva dessa vida a não ser boas  lembranças?
Substituir as lembranças que incluem cara feia, trânsito infernal, buzina, palavrão, correria desenfreada, decepção, por lembranças como encontro com amigos, abraços, risos, amores, beijos, palavras, realizações, é saber desfrutar da vida com sabedoria e não apenas vivê-la.
Abraços.

A vida e o mar

Creio eu que você leitor que me acompanha seguidamente por aqui, já tenha se dado por conta, salvo raras exceções,   que meus textos, praticamente todos, contêm  relação ou vínculos com a mãe natureza.
Sempre prefiro interior à cidade grande, o ar é mais puro e as pessoas são mais simples. Morar em apartamento? Nem pensar! Minha casa tem um jardim, uma horta, árvores com frutas, gramas e muito verde. É verdade que me dá um certo trabalho, porém, é muito gratificante. Sabe, é uma questão de estilo de vida. E quanto ao mar e a vida, o que eles têm em comum?
Há dias em que o mar não acorda bem, suas águas mudam de tonalidade, suas ondas são mais insistentes, quase que violentas. São os mistérios que envolvem a superfície e a profundidade de tamanha imensidão de água. No dia seguinte, talvez, tudo volte ao seu normal.

Nossa vida tem muito a ver com o mar. Há dias em que tudo parece ser mais exigente. Convivemos ou encontramos pessoas que se assemelham com as pesadas e desordenadas ondas que não se importam com quem cruza  suas beiradas, simplesmente vão atropelando tudo o que encontram pela frente. Há pessoas, uma quantidade até exagerada, que se parecem com o mar em ressaca. Humor intragável, semblante amassado, olhar machucado... Dias pesados supõem mais energias, autocontrole, postura de equilíbrio e minimização do mau humor.
Mas, quem nunca sentiu aquela sensação de liberdade não somente aos pés, mas à existência, ao caminhar a beira-mar sentindo o vento e ouvindo o som das ondas? Existem dias, assim como as ondas calmas e a água transparente, onde a vida segue o seu rumo. Os problemas são  resolvidos, os desencontros se encontram e a paz é edificada. Dias assim, requer um pouquinho de postura e atitude. Não basta a gente idealizar um jeito de ser. A vida é um refazer-se a cada instante. 
Fica aqui a minha torcida para que, em cada amanhecer de sua vida, a bandeira sinalize calmaria, transparência e esperança. Que essas ondas sejam abundantes e constantes. Ou, ao menos, que as ondas bravias sejam passageiras, afim de que, você possa continuar caminhando serenamente à beira-mar.

Simplicidade


Definitivamente sou apaixonado por tudo o que é simples! Querem saber porque? Porque tudo o que é bonito tende a ser simples. Acredito que a beleza e a simplicidade andam de braços dados. 
É que a gente não tem muito tempo para observar a natureza, os jardins, as praças de nossa cidade. Há uma lógica silenciosa onde a vida se ocupa somente em ser o que é. Não há conflitos entre os cactos, as minhas roseiras não sofrem de angustia e minhas orquídeas não sabem o que é ansiedade. Simplesmente cumprem o seu destino de florirem ao seu tempo e se despedirem quando é chegada a hora. São simples e belas.
Temos muito o que aprender ou reaprender com a natureza. Ela não necessita de outra coisa, senão a necessidade de cada instante. Você não vê desperdício de forças, dispersão de energias. Há um sincronismo onde tudo concorre para a realização do instante vivido.

A simplicidade é uma forma de leveza que nas relações humanas, faz toda a diferença. Uma pessoa que cultiva a simplicidade tem maior facilidade de tornar leve o ambiente em que vive. Não perde muito o seu tempo em confusões ou por pouca coisa.  Dedica-se verdadeiramente aquilo que vale à pena. 
Gosto de pessoas simples. Elas se encantam com as coisas menores, ficam felizes da vida quando recebem um presente simbólico sem muito valor material, algumas choram feito crianças... Por isso é tão fácil presentear pessoas simples. A simplicidade capacita as pessoas para perceberem que nem tudo gira em torno do materialismo.

Ser simples é compreender e retornar ao estado mais puro de nossa realidade. É andar leve. É não ter vergonha de ser o que se é.
No momento em que simplificamos a vida, a felicidade chegará mais depressa em nossa casa.