E aí, valeu a pena?

Restam alguns dias do ano de 2013. Para quem teve um planejamento ou não, é chegada a hora de conferir o que foi bom e o que pode ser melhor em 2014. 
E aí, 2013 valeu a pena para você?
Falando por mim: Perdi uma pessoa que eu achava que não viveria sem, mas ganhei pessoas que nunca imaginei que entrariam em minha vida. Passei momentos com o coração apertado devido a otites, febres e resfriados de meu filho, mas os momentos de brincadeiras, sorrisos, seu crescimento, são indescritíveis. Fui pescar com amigos e não pegamos nada, mas o fato de estarmos juntos, supera qualquer pescaria. Devido a inexperiência, perdi algumas orquídeas, porém ganhei outras maravilhosas. Ganhei um livro de presente, dei de presente outros livros. Disse coisas que não deveriam ser ditas. Me calei quando mais deveria ter falado. Briguei, brinquei, me arrependi. Algumas vezes fui feliz, outras vezes triste. Algumas vezes errei querendo acertar, e acertei quando achei que tinha errado. Prometi coisas que não cumpri, e cumpri coisas que nem ao menos prometi. Perdi e ganhei. Cresci e amadureci. Cai e levantei... Conclusão: Valeu muito a pena! E convenhamos que se o tempo voltasse, faria tudo isso outra vez.

Pessoas perfeitas não existem, por mais que façamos certo ou errado o importante é sermos nós mesmos e não se arrepender do que já foi feito. Estar sempre de cabeça erguida e preparado para o novo. Nem tanto para o ano novo, mas para uma alma nova, capaz de enxergar além de mimos e presentes. Não quero aqui descartar as lembranças que podemos comprar, elas têm o seu valor, e todos gostam de receber, pois demonstram carinho. afeto e gratidão. Mas nada disso tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes, a palavra que compreende, o olhar que conforta, o silêncio que respeita, a presença que acolhe e os braços que envolvem tem um valor imensamente maior do que qualquer presente material que ofertemos. São essas atitudes que dão sentido à vida e fazem com que ela seja mais intensa, leve e feliz.
Não sabemos o quanto demoraremos nessa existência, se teremos uma vida breve ou longa. Não convém adiar esses verdadeiros presentes que somos capazes de oferecer ao nosso próximo. O melhor presente de Natal é aquele que sai em silêncio de nosso coração e aquece com ternura o coração daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.

Fica a pergunta para você: E aí, 2013 valeu a pena?
Boas festas! Forte abraço.

Olhar diferente

Olá, como vai?
Dias atrás, onde trabalho, recebi a visita de duas elegantes senhoras dispostas a me catequizar. Segundo suas pregações, o fim do mundo estaria bem próximo. Perguntei se de fato não haveria mais nenhuma esperança. - Negativo, respondeu-me uma delas, citando uma passagem bíblica. Continuei: E se o povo se redimisse de seus pecados e voltassem a viver a fraternidade? - O que está escrito ninguém muda, o fim está próximo, um novo reino se aproxima, concluiu a outra. (Não souberam me dizer quando, e no final pediram-me donativos, somente em dinheiro). Claro que não dei dinheiro algum. Respondi que, com o advento do fim do mundo, tinha que usar o dinheiro para preparar meu funeral e que, o pior cego é aquele que não quer enxergar.

Ao ouvirmos relatos, pontos de vista, percepções, podemos deduzir o ângulo que algumas pessoas utilizam para fazer uma leitura da realidade. Impressionante é esse número que se limitam a ver apenas o negativo. Para essas, não existe o colorido. Tudo é muito cinzento ou opaco. Se você ceder sua atenção, elas descrevem as catástrofes e o fim do mundo em seus mínimos detalhes. Dificilmente pontuam o positivo. Quando o fazem é de forma rápida e sintetizada.
Tenho certeza que o mundo está repleto de acertos e de maravilhas. Evidente que há também desacertos. Porém, nada desesperador. Se for possível corrigir algumas falcatruas e injustiças, frearmos o materialismo, teremos chance de viver com serenidade e fraternidade, inspirando paz à interioridade humana.

O escritor Saramago, na primeira frase do seu livro "Ensaio sobre a Cegueira", diz: "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara". Perguntei para as senhoras se elas estavam fazendo alguma coisa concreta para evitar o fim do mundo. Se olharam - a gente está visitando o máximo de pessoas e alertando sobre tudo o que de ruim está acontecendo - são os sinais dos tempos. Aí foi a minha vez de citar a famosa frase do apóstolo São Paulo: "A fé sem obras é morta". Nenhum blá, blá, blá,  irá resolver se de fato, se a gente não colocar definitivamente a mão na massa. Há pessoas que preferem não perceber crises, dificuldades, injustiças, para que não sejam obrigadas a assumir responsabilidades. Há uma crescente negação do querer ver.

É urgente extirpar a "catarata" do pessimismo, da indiferença, da inveja, que tem cegado muitos olhares. A vida precisa ser acolhida e contemplada com um olhar diferente. Há tantos sinais de esperança, de solidariedade, tantos voluntários engajados na construção de um  mundo melhor. Não se pode ficar cego para o que ainda necessita de transformação. O olhar crítico qualifica a existência e permite transparência. Porém, nada mais significativo do que a habilidade de olhar com o coração e perceber que há um colorido de esperança em todos os recantos do universo.  Abraço.

A saga do João

Desconheço outro pássaro mais persistente que esse casal de João de barro. O seu ninho só foi concluído definitivamente, após mudança de local e, em uma terceira tentativa. Acompanhei toda a saga dos pássaros. As  duas primeiras tentativas foram frustradas porque eles tentaram construir sua casa em cima da fiação elétrica que passa em frente da minha casa. Venho a chuva, sopraram os ventos e a obra, por duas vezes, venho parar na calçada. Nada que um jato de água não resolvesse. Após duas tentativas sem sucesso, eles resolveram mudar de local. Vieram para dentro do pátio e construíram sua casa em cima do poste da minha distribuição elétrica. A obra levou em torno de três a quatro dias. A movimentação em prol da construção era um tanto discreta, porém decidida. Houve trabalho em parceria e sem a necessidade de um projeto arquitetônico. Eles edificaram harmoniosamente o local, onde hoje, seus filhotes recebem seus devidos cuidados e proteção. Algo um tanto natural, mas de uma perfeição ímpar. Belas lições que a natureza nos proporciona. Um aprendizado sem precedente, um espetáculo distante dos arranjos humanos.
Em breve os filhotes terão que abandonar o ninho. Certamente alguns gostariam de permanecer um tempo a mais. Em nada adiantará seus desejos. Se não for por vontade própria, os pais darão um jeito de provocar um voo rasante e depois, mais alto e mais alto ainda. O ciclo de total dependência será encerrado. Um novo tempo se impõem. É hora de construir uma trajetória própria, onde a autonomia será testada e a criatividade multiplicada.


Assim como os pássaros levantam voo, enxames de abelhas se despedem do antigo lar, as pétalas caem, os frutos surgem e o sol se põe, a vida humana também se transforma. Os filhos crescem e saem de casa, os cabelos embranquecem e o vigor físico diminui. Mesmo sendo natural, novas etapas da vida exigem adaptação e conscientização. O preparar-se para adentrar outros espaços e outros modos de vida,  é uma tarefa que se impõem a todos.

Perante a constatação das marcas do tempo, é natural que uma certa nostalgia parece nos perpassar as entranhas. Por mais naturais que sejam, provocam crises. Saber lidar com esses sentimentos é tarefa árdua. No entanto, no processo de humanização as melhorias só acontecem se a maturidade sustentar um posicionamento sereno e altruísta. Creio que a postura ideal é admitirmos nossas transformações e ir abraçando o novo que vai chegando.
Aprendi que nessa vida tudo termina e tudo começa. Lágrimas e sorrisos se intercalam. Perdas podem ser substituídas por outros ganhos, bem diferentes do imaginado e que na medida em que houver um sabor agregado à existência, recomeçar pode ser um jeito criativo de viver e conviver.
Abraço.

Preço e valor

No segmento onde trabalho, tenho comigo algumas tabelas de preços. Assim como uma relação dos melhores fornecedores no quesito preço. Hoje em dia é possível a gente saber o preço de quase tudo. Sei quanto vale a ida ao supermercado, a ida à fruteira, a mensalidade da escola do filho, o preço da gasolina, uma viagem de férias e assim por diante. Saber qual é o melhor preço é quase uma condição para viver e conviver. Impressionante como o mundo dos negócios é hábil em colocar e alterar preços. Impressionante também como muita gente sabe o preço de quase tudo e não sabem o valor de quase nada.

Eu sempre procuro conciliar preço e valor. Sei o preço de determinado brinquedo para meu filho e sei também o valor de brincar com ele. Há pais que oferecem inúmeros brinquedos e esquecem de brincar com seus filhos. Sei o preço do presente de aniversário (dezembro) de minha senhorita e sei o valor de conviver ao seu lado. Sei o preço de determinado bem que tenho e sei o valor que ele representa para mim.

Estou para receber um livro, adoro receber livros. É possível que eu saiba o seu preço. Porém, o valor de tal gesto é incalculável. São pequenos gestos que tornam as pessoas incomparáveis.
Pessoas incomparáveis, de grande valor ( Madre Tersa, Gandhi, Chico Xavier, papa Francisco...) têm maneiras simples de ser. O problema é que para muitos olhos, quase sempre as maneiras simples são consideradas de pouco valor.
Se você observar, o que é mais significativo não tem preço. Simplesmente tem valor. Quanto vale uma vida? E o valor de uma amizade? O valor da saúde, o valor da paz? O preço favorece as trocas; o valor inspira o inatingível.
Muitos necessitam perder alguém para saber qual o valor que tinha. Outros, no entanto, intensificam as relações e os gestos pois sabem do imenso valor.
Não precisamos saber, exatamente o preço de tudo. Mas precisamos saber o valor de tudo aquilo que o dinheiro não compra.

Bom fim de semana!

Na contramão

Orquidário pessoal
Ultimamente venho andando mais na contramão do que recomenda o senso comum. Explico: Os noticiários dão conta de que o mundo todo pode estar sendo espionado pelos Estados Unidos, inclusive, até  o papa Francisco não escapou da curiosidade alheia.  As manifestações de ruas, legítimas ou criminosas continuam aflorando. Jogador de futebol brasileiro, escolhe jogar a copa do mundo pela seleção espanhola. A corrupção, a desonestidade, a falta de vergonha na cara, continuam no meio político e em tantos outros segmentos... Puxa vida, tanta coisa acontecendo, e eu aqui tranquilo, cuidando de minhas orquídeas e das pessoas que amo! Não estou sendo egoísta demais?
Sei que há pessoas passando por pesadelos, frustrações, pressões no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos, decepções e que muitos sonhos estão sendo desfeitos.

Meu Lorenzo pronto para festa fantasia
Ninguém está imune, diante da avalanche de problemas que nos é colocado no nosso dia-a-dia. O fato de eu estar andando na contramão, significa que não acredito em tudo o que vejo, leio ou que me dizem. Eu simplesmente coloquei alguns filtros em minha vida. O que for bom será assimilado, o restante, rapidamente  descartado. Esses filtros são o que me mantém em equilíbrio e me proporcionam paz interior. Essa paz é o que me mantém voltado para o meu bem estar e das pessoas que amo e que estão próximas de mim. Não me culpo e nem me sinto responsável pela paz mundial, mas sim, responsável pelo bem estar e paz de quem está ao meu lado. Acredito que a paz deva começar em cada ser, cada lar e depois espalhar-se aos quatro cantos. Penso que uma pessoa que diz não ter paz é porque não tem amor próprio. Ninguém tem o dirito de invadir a paz de ninguém, a não ser que se permita. Tempestades sempre virão e existirão. Portanto, ande na contramão, acredite em você, valorize-se, use filtros. Você é o único responsável por sua paz, seu bem estar e sua felicidade. Estando feliz, os outros seguirão o seu exemplo.
Abraços.

Dia da alimentação

Orquidário pessoal
Temos o que comemorar nesse dia?

Não podemos negar que a ciência e a tecnologia visualizam rapidamente novos horizontes. Ninguém poderá reter a velocidade da criatividade. Recentemente pesquisadores da Universidade Livre de Berlim, desenvolveram o carro autônomo, que dirige sozinho. Segundo explica Tinosch Ganjinesh, um dos responsáveis pelo projeto, tal carro é dotado de scanners a laser que medem a distância, combinados com sensores que medem a velocidade de outros carros e câmaras que observam a situação em frente, como pedestres e sinais de trânsitos. Tais informações chegam ao porta-malas, onde são processadas e combinadas num computador central, que envia os comandos de velocidade para o motor. É assim que o carro consegue se mover sozinho. A pesquisa vai mais longe, afirma o pesquisador; a próxima tecnologia consiste em dirigir o carro com a força do pensamento. Sensores na cabeça do motorista interpretarão os comandos vindos do cérebro e o carro andará. O presente está cada vez mais com a cara do futuro.

Que bom que temos cientistas e cérebros bem dotados que avançam em direção ao ilimitado. Acredito que parâmetros deixarão de existir, conquistas surpreenderão e facilidades estarão mais próximas de todos. É nesse cenário que nossa vida está se movimentando. Não há que temer o futuro, pelo contrário, a esperança deve perpassar todas as instâncias.
Por outro lado, um problema milenar, continua vitimando milhares de pessoas; o drama da fome. Acabei de ler uma reportagem local, aqui onde resido, cidade rica e cara, onde 5% da população vivem a baixo da linha da pobreza e passam fome. Esse problema da fome já não deveria ter sido solucionado? Incrível como os dramas humanos não preocupam os cientistas. Os carros andam sem motoristas. A fraternidade universal continua uma utopia. Bendito seja o avanço da ciência! Bom seria se, ao mesmo tempo, a dignidade humana fosse visível em todos os recantos deste universo.
Enquanto aguardamos o carro dirigível com a força do pensamento, quem sabe, a solidariedade se intensifique no coração de muitos que estão unicamente extasiados pelas descobertas e aperfeiçoamento dos meios. Pessoas do bem aspiram uma vida marcada pela humildade.  Se necessário for, caminha-se quilômetros, desde que não falte a  paz e alegria. Mãos que se entrelaçam, olhares que se encontram, são verdadeiras descobertas para quem não aceita ficar à margem da felicidade.
Abraço.

O que sinto e vivo

Orquidário pessoal
Olá pessoal, como vai a vida?
O inverno parece que despediu-se. Por aqui houvem-se cantos de pássaros, os dias são mais ensolarados e a primavera está de retorno com flores e perfumes diversos.
Para quem quiser, a natureza, todos os dias, oferece exemplos de recomeço e grandes lições de vida. Não importa se o ser humano é bom ou ruim. Simplesmente vai imprimindo o seu ritmo, transformando e se transformando. Exemplos estão por todos os lados e para quem quiser ver.

É mais ou menos nesse ritmo que estou vivendo. Já cheguei na casa dos quarentões e a sensação que sinto, é que parece que tenho menos preocupações quando tinha meus vinte e poucos anos. O fato é que não perco mais o meu tempo com mediocridades. Aprendi a não tolerar a falsidade de gente que fala por tás, gente ingrata que esquece o bem que fizemos nos momentos difíceis. Não ligo mais para gabolices e não me sinto bem na presença de pessoas invejosas tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. 

Orquidário pessoal
Não discuto se um mais um são dois, nem de tudo o que  é óbvio. Já não sinto saudades dos erros e acertos do meu passado. Não tenho tempo para administrar chiliques de pessoas, que apesar da idade continuam imaturas. Não faço mais acareações de desafetos de pessoas infelizes que responsabilizam os outros pelos seus próprios fracassos e muito menos perco o meu tempo em julgar ou "tirar fatos a limpo", seja de quem quer que seja. 
O que estou sentindo e vivendo, seria a tal crise dos quarenta? Aliás, alguém poderia me explicar o que seria essa crise, e se de fato ela existe?
Crise ou não, a idade cronológica me permite querer a essência, viver ao lado de gente muito mais humana; que sabe rir de seus tropeços, que não se encanta com triunfos e que jamais foge de sua mortalidade.

Com o desenrolar do tempo, aprendi que não é um mundo cheio de coisas, mas sim pequenas coisas essenciais que fazem a vida valer a pena.
Abraço.

Ternura e encanto

Dias atrás, a natureza nos ofereceu espetáculos incríveis. Em alguns municípios, aqui da Serra Gaúcha, a neve descortinou uma apresentação inédita. O cenário que era frio, foi transformado por flocos esbranquiçados que caíram mansamente. Nas janelas, via-se o rosto de pessoas curiosas, turistas e admiradores de todas as idades. A noite já ia adiantada e até o sono fora esquecido. Câmaras disparavam para todos os lados incontáveis flashes, aparelhos de telefones não paravam de tocar e fazer ligações: era urgente avisar os amigos e familiares para que a cena não fosse perdida. A emoção tomara conta de todos. Até bonecos de gelo foram feitos com ternura, encanto e criatividade.
A neve consegui surpreender e, por uns instantes, as pessoas vibraram com o acontecido. As imagens serão arquivadas na bagagem das belas recordações. Outros invernos virão. Talvez a neve, um dia, se apresente novamente. O que permanece é a sonora constatação: se a natureza é capaz de provocar transformações, por que o humano não se deixa surpreender com o sol que brilha, com a chuva que cai, com o sorriso de uma criança, com a suavidade da brisa, com a flor que desabrocha, com a chegada da primavera...?

A dureza decorrente das excessivas preocupações com o material tem isentado as pessoas de expressar ternura e encanto. Em nome do materialismo, nações rompem tratados, infringem regras de soberania, espionam e se preciso for, partem para o conflito. Os dias são agitados, rostos enrugados já não sabem como sorrir. Por todos os lados há cobranças e insensibilidade. Do mais profundo do ser uma insistente melancolia parece sugerir mudança de vida. Seguidamente o coração sente saudade de algo indefinido, um misto de lamentação  pela ausência de serenidade e de paz.
O inverno passou. E se a neve demorar a cair novamente?
A nossa vida é capaz de se surpreender com os pequenos detalhes do cotidiano. Para isso, é necessário abrandar esse ritmo que tem roubado a saúde das pessoas. Sentir profundamente o pulsar da vida: tarefa um pouco exigente, mas possível. Quero lembrar que isso depende unicamente de cada um. O outros até poderão ajudar, mas o cuidado e o ordenamento da interioridade é uma decisão pessoal. Sempre é tempo de surpreender-se com os espetáculos que a natureza e o amor estão, a todo instante, proporcionando aos corações dotados de sensibilidade e fé.

Abraço.

Pensar e agir

Você pensa antes de agir ou age antes de pensar?
Não é raro escutarmos ou até mesmo presenciarmos, por pequenas coisas, cenas de violência no trânsito, pais gritando ou brigando com seus filhos, chefes estressados com seus funcionários... 
A tensão que alimentamos em nós é a responsável pelos maiores erros cometidos em nossa vida. Falamos palavras indevidas, cometemos gestos diante das pessoas que amamos que jamais deveríamos expressar.
O fato de vivermos debaixo da ditadura de respostas imediatas, do tudo é pra ontem, da necessidade compulsiva de reagir quando pressionados, faz com que cometemos muitos erros, alguns muito graves.
O dito popular de contar até dez antes de reagir, não funciona ou é considerado imaturo. As pessoas estão explodindo por qualquer sintoma de pressão ou contrariedade.
Precisamos reaprender que pensar antes de reagir é uma das ferramentas mais nobres do ser humano nas relações interpessoais.

Uma das ferramentas que uso, em momentos de tensão é o silêncio, considerado a oração dos sábios. O silêncio preserva a sabedoria quando somos ameaçados, criticados, injustiçados. Silenciar não é se aguentar para não explodir, o silêncio é o respeito, pela própria inteligência e o propulsor da paz.
Cada vez mais as pessoas estão perdendo o prazer de silenciar, de se interiorizar, refletir, meditar. Tornam-se escravos do binômio bateu-levou.
Não estão com nada, essas pessoas que batem no peito e dizem não levar desaforo pra casa. Simplesmente não pensam nas consequências de seus atos. Muito menos quem se orgulha em vomitar para fora tudo o que pensa, machucam mais quem deveria ser amado.
Meu estilo de vida combina mais com pessoas simples, até mesmo sem cultura acadêmica, porém, tolerante, do que com seres de ilibada cultura saturada de radicalismo, estrelismo e egocentrismo.

Finalizando, sabedoria e tolerância não se aprendem nos bancos escolares, mas no traçado da existência. Prefiro as pessoas lentas no pensar do que as rápidas em machucar.

Pai, papai, paizão...

Olá,
Os tempos são outros, não podemos negar. Na época de meus pais, a idade estava relacionada à cor de seus cabelos. Hoje, nem sempre se sabe quando alguém já está com os cabelos brancos. Mas isso não importa. Os anos podem ser disfarçados, a certidão, porém,  não aceita rasuras. É bem verdade que alguns números não são essenciais. Entre eles, está a idade. Não convém recordá-la a todo instante. A existência é muito mais do que o registro cronológico. O que conta mesmo é o entusiasmo direcionado ao viver. Há pessoas que nunca perdem a jovialidade. Acostumaram a ficar de pé diante das adversidades da vida. Entre essas pessoas estão os nossos pais.
Infelizmente, o comércio lembra mais dos pais do que muitos filhos. Se bem que há pais que não lembram de seus filhos. Acredito que falar de pai é recordar os cabelos brancos da experiência, da doação, da ternura e do amor incondicional.

A dinâmica que envolve os laços familiares é fantástica. Nada é mais significativo do que pertencer a uma família. Talvez sejam os sentimentos que mais facilmente se eternizam. Não há superficialidade quando o amor perpassa e faz surgir uma nova geração que está interligada pelo cuidado mútuo. Ao menos deveria ser. Com algumas exceções, a família continua sendo o espaço ideal para que a vida seja gerada, cuidada e plenificada.
E o que dizer a uma multidão de mulheres que hoje são pai e mãe ao mesmo tempo?
Um obrigado é muito pouco, um presente, não é tudo. Um jeito elegante de celebrar o dia de nossos pais pode ser visualizado através do carinho, respeito e reconhecimento. Afinal, só existe uma nova geração porque a anterior se esmerou na doação.
Quando o amor é intenso, a cor do cabelo pouco importa. Um pai é uma resumo da história, mas é muito do que somos. Que cada filho(a) consigam exercitar a gratidão para com seus genitores. O encontro de gerações convida ao exercício da paciência e de valorização da diversidade. O tempo que não passamos junto a nossos pais, jamais será recuperado. Cuidar é uma forma de amar.

Parabéns a todos os pais leitores e frequentadores do blog Família Alcará.

Férias e viagens

Meu pequeno jardineiro, Lorenzo
Aqui e em toda a região da Serra Gaúcha, devido a temperaturas negativas, queda de neve e geadas intensas que  deixam a paisagem branca, muitos turistas se fazem presente.
Além do inverno rigoroso, outro motivo que favorece o deslocamento das pessoas, são as férias escolares. Mesmo que breve, viagens são programadas, a rotina é interrompida, a convivência intensificada. Os lugares a serem visitados permitem detalhar um roteiro inusitado. Outros simplesmente saem sem nada pré-estabelecido: na bagagem, o essencial; no coração a aventura. Opções diversificadas enfatizam criatividade e espontaneidade no foco principal: viver dias diferentes com aqueles que são mais próximos e que completam nossa existência.
Há, no entanto, uma viagem que não deveria mais ser adiada: a interioridade humana. Cedo ou tarde, será necessário percorrê-la, escutar os sonhos, as decepções, esperanças e incertezas.

Orquidário pessoal
Talvez você nem tenha se dado por conta, mas a única pessoa que ficará a vida toda com você é você mesmo. E, é impossível passar anos e anos com um desconhecido de quem necessitamos de conhecimento. Desvendar os mistérios que se misturam com os traços da personalidade é uma tarefa ímpar. Alguns precisam ser ajudados, pois sozinhos não saem do chão. Outros preferem abdicar da autenticidade optando por incrementar a aparência. Outros, ainda, vivem como se fossem os únicos do planeta.
Em tempos de tanta agitação e reivindicações, aquietar-se um pouco, poderá nos fazer um bem enorme. Viajar para a interioridade é uma opção que nos possibilitará respostas consistentes e entusiasmantes. Certamente a qualidade da vida interior sustentará as decisões e os encaminhamentos do cotidiano.

Abraço.

Potencialidades


Você conhece a sua real potencialidade de enfrentar desafios do dia-a-dia?
Nosso potencial humano é imenso. O que difere de pessoa para pessoa, não somente na intensidade, como também no seu direcionamento, é a liberação desse potencial.
Há pessoas que se deixam provocar em muitas direções e conseguem exercitar respostas exitosas em muitos campos e atividades. Há outras que investem numa única direção, nesta se aperfeiçoam, tornando-se mestres gabaritados no assunto.
Entretanto, há gente que não se atreve, nem se desafia, em nenhuma direção e não se deixa desafiar por ninguém. São os que se acomodam e se julgam incapazes de qualquer empreendimento ou atividade. Geralmente, este contingente humano, que por sinal é muito grande, atira-se debaixo da vida, curtindo a síndrome do vitimismo e acusando os outros por sua impotência.

A potencialidade humana, não é mérito de alguns, mas de todos. Pode estar em pessoas portadoras de deficiências, pessoas miseráveis, presidiários, crianças e adultos. Tal potencialidade pode servir para o bem ou para o mal, é capaz do ótimo e do péssimo, dependendo do cultivo, das provocações e desafios, da educação e oportunidades, das exclusões e agressões.

Há um velho ditado e bem verdadeiro que diz: " É fazendo que a pessoa se faz." Sei que você tem um enorme estoque de potencialidades e grande desejo de evoluir e se dar bem na vida. O que você é capaz de imaginar, usando sua potencialidade, você é capaz de criar e experimentar. Imagine ser a pessoa que você sempre sonhou em ser, ter as coisas que sempre quis e mantenha-se ocupado em ações construtivas, fazendo as pequenas e grandes coisas com grande amor.
Abraço.

Por que as coisas acontecem?

Em maio de 2011, aqui neste mesmo blog escrevi: Por que as coisas não acontecem?
Com o coração alegre e esperança renovada, hoje escrevo o contrário: Por que as coisas acontecem?
Se o grande sonhador, Raul Seixas, que protestava cantando, estivesse vivo, certamente entraria em surto de felicidade. O "sonho de sonhador" encontra-se na pauta dos dias. Trata-se de um sonho ao contrário, porém com a mesma força política. "No dia em que todas as pessoas do planeta inteiro resolveram que ninguém ia sair de casa" equivale ao dia em que todas as pessoas foram às ruas. A terra realmente parou, nem que só para olhar.
Há quem diga que é a vez do povo mostrar a sua força e há quem acredite que a massa é manipulada, que tudo isso seja manobra, interesses escusos e que a verdade, um dia virá à tona.
Interpretações a parte, o certo é que o ser humano tem sua consciência e um enorme leque de escolhas. E a grande massa escolheu protestar, estar nas ruas porque compreendeu que sonhos não são mágicas e "quem quer não espera acontecer".

Os frutos são notórios: Passagem de ônibus sofre redução, praticamente em todo o país, Congresso e Senado reunidos e votando projetos em plena tarde de jogo da seleção brasileira, Pec 37 é arquivada, passe livre para estudantes é aprovado em alguns estados, inúmeros projetos em discussão e outros em votação sobre educação, corrupção, saúde, saneamento básico e infraestrutura...

As coisas acontecem porque o "gigante" acordou, cresceu, amadureceu e chegou a hora de abandonar o "berço esplêndido". 
As coisas acontecem porque estamos assumindo e levando a sério o que é nosso.- a coisa pública.
As coisas acontecem porque estamos deixando de ser uma nação comédia, porque entendemos que Brasil não é só carnaval, mulheres bonitas, futebol e corrupção.
As coisas acontecem porque cansamos de não ter vez e nem voz.
As coisas acontecem porque a primeira revolução aconteceu dentro da gente.
Abraço.

Evolução

É impressionante observar a velocidade de como certas coisas estão evoluindo. Para você ter uma ideia, o meu primeiro carro conquistado foi um modelo 1986 e era movido a álcool. No inverno era uma maravilha, levantava 5:45 da manhã, injetava gasolina no motor, deixava aquecendo até às 6:00 horas e depois   seguia tranquilo para mais um dia de trabalho.
Melhorias nunca antes imaginadas estão despontando em muitos segmentos. Um simples olhar para os novos automóveis é o suficiente para se ter a prova concreta de que a inteligência humana é extraordinária. Há sensores de estacionamento, gps, computador de bordo, sendo a bola da vez, o câmbio automático. A automação do câmbio acabou com aquela confusão entre os pés e mãos. Baixa o pé na embreagem, faz a marcha, pisa no acelerador, pisa no freio, tudo isso era um tormento, ao menos para os iniciantes. Automaticamente, através do sistema de transmissão, é detectada a relação entre a velocidade e a rotação do motor e efetuado o câmbio da marcha.

Evidente que por trás de toda essa evolução, a mola propulsora é incentivar o consumo que nem sempre está ao alcance de todos.
Fico pensando se essa ideia do câmbio automático fosse assimilada pelo ser humano. Já está comprovada a decadência da qualidade de vida interior, a falta de sentido que impulsiona a felicidade, a ausência de resultados que não permite a paz. Mesmo assim, muitos persistem em não trocar o modelo de ser e de viver.
Acredito que a teimosia e a indiferença deveriam diminuir na mesma proporção dos avanços e da melhoria da qualidade de vida. Tudo evolui proporcionando conforto, segurança e bem-estar. E o ser humano? Continua arraigado em seu modo peculiar e ultrapassado de perceber e conceber a vida.
Se algo não está dando certo, por que você insiste na continuidade?
Se o problema é a acomodação que diminui suas oportunidades e com isso você deixa de otimizar sua felicidade, vindo a perder a paz interior. É chegado o momento da evolução. Coloque sua vida, o quanto antes, em câmbio automático.
Abraço.

Precisamos de novas vidas?

Orquidário pessoal
Para inicio de conversa: Como estamos cuidando da vida?
Seguidamente os noticiários dão conta de que renomados cientistas avançaram em suas pesquisas, na tentativa de desvendar se há vida em outros planetas. 
Parabéns à ciência que busca identificar o indecifrável e desmistificar o mistério que nos encanta e inquieta. Hipóteses, comparações, deduções e suposições perpassam nossos cérebros debruçados na busca por evidências. Quem não conhece a história do ET?
É fantástico viver a dinâmica de descobertas. A sensação que se tem, é de que novos horizontes estão sempre se apresentando, impulsionando a esperança. 
Se tudo fosse conhecido, reinaria a monotonia, não é mesmo?
Não me resta dúvida alguma sobre a importância de se fazer experimentos para encontrar novas descobertas. Também não me resta dúvida alguma de que o cuidado com o meio onde o humano está inserido não pode ficar distante de nossos olhos.

Orquidário pessoal
Enquanto são intensificadas as buscas por sinais de vida para além do planeta terra, os habitantes, assinalados com a categoria de espécie humana, ou ainda, espécie inteligente, parecem se distanciar do entendimento e do cuidado para com a vida.
O que restou da Rio+20? O que é feito com o meio ambiente? O ar continua sendo poluído, a água continua sendo contaminada, florestas derrubadas... Temos dificuldade de lidar até com o próprio lixo que produzimos. O nosso planeta terra, ainda cheio de vida está sendo tratado como se no amanhã não houvesse mais habitantes. E nos intitulamos como seres inteligentes e espertos.
Se o olhar for voltado para o semelhante, é mais assustador ainda: crianças e idosos abandonados, eutanásia, aborto, fome, falta de acesso a bens básicos... Com urgência, novas atitudes são esperadas. A vida sempre será o bem maior e cuidá-la é um simples gesto de amor.
Que continuem os experimentos científicos visando à existência de vida em outros planetas, sem descuidar  e amar a vida que está em nós e em todas as espécies da mãe terra. Afinal, não existe nada mais fantástico do que a vida.
Abraço.

Bom feriado

Amanhã é feriado. Eu sei que muita gente irá trabalhar. Sei também que grande maioria irá descansar, ler, passear ou organizar sua vida.
Nossa vida é feita de muitos itinerários. Existem caminhos e caminhos. Cada um no seu ritmo vai desenrolado sua vida dando sentido ao existir.
Quando percorremos determinado trajeto, a alma sente-se mais leve. Não é apenas o físico que se movimenta. A interioridade busca o transcendente.
Durante essa caminhada, em busca do que é verdadeiro, cedo ou tarde, estaremos diante de encruzilhadas. Nesse momento, a racionalidade deve ter um papel insubstituível. O emocional anseia por maturidade e o espiritual deve ocupar-se com o sentido de existir.

Paz é fundamental na busca e aconchego à alma. É a força propulsora que energiza nossos passos e devolve nossa esperança.
Ninguém consegue conviver, a longo prazo, com o vazio existencial. Um dia, será necessário colocar-se a caminho e experimentar o sabor inigualável de uma vida que sabe a direção e encontrar forças para superar limites e quedas. Experiência ímpar, reservada àqueles buscam a paz interior.

Que seu feriado seja muito produtivo, cheio de paz e reflexão interior.

Abraço.

Abraço

De repente, deu vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço, de proximidade, de amizade... sei lá!
Talvez um aconchego amigo e meigo, que enfatize a vida e amenize as dores... que fale sobre os amores, que seja afetuoso e ao mesmo tempo forte...
Deu vontade, de poder ter saudade de um abraço.
Um abraço que eternize o tempo e preencha todo o espaço.
Mas que faça lembrar do carinho, que surge devagarinho, na magia da união dos corpos, das auras, sei lá!
Lembrar do calor das mãos, acariciando as costas, a dizerem:  - Estou aqui!
Lembrar do enlaçar dos braços, envolventes e seguros, afirmando: - Estou com você.
Lembrar da transfusão de força, ou até da suavidade do momento, sei lá!
Estou a pensar em como chamar esse abraço: abraço poesia, abraço força, abraço união, abraço suavidade, abraço consolo, abraço compreensão, abraço segurança e justiça, abraço verdade, abraço cumplicidade? ... sei lá!

Mas o que importa é a magia desse abraço, a fusão de energias que harmoniza, integra o todo e se traduz no cosmos, no tempo e no espaço.
Só sei que agora, deu vontade desse abraço:
Um abraço que desate os nós, transformando-os em envolventes laços...
Que sirva de "colo", afastando toda e qualquer angústia...
Que desperte a lágrima de alegria e acalme o coração...
Um abraço que traduza a amizade, o amor e a emoção.
E para um abraço assim, só consegui pensar em você.
Nessa sua energia, nessa sua sensibilidade, que sabe entender o porquê dessa minha vontade.

Hoje, 22 de maio comemoramos o dia do abraço. Quer motivo maior para sair abraçando todo o mundo?
Fraterno abraço a vocês todos, leitores e amigos virtuais do blog Família Alcará.

Escolhas


Olá amigos, tudo bem com vocês?

Acredito que todos concordam comigo. Todos os dias, a gente vive fazendo escolhas, não é mesmo?
Escolhemos a roupa que vamos vestir, a comida do almoço,  que perfume usar, a cor do batom, com que velocidade andamos e até o  trajeto à percorrer...
O ato de escolher, indiscutivelmente, faz parte de nossa liberdade.
O problema é quando a gente escolhe, escolhe, e no final, acaba dando com os "burros n'água." Ou seja, escolha errada.

É comum a gente ficar aborrecido e menos produtivo, quando as coisas não dão certo. Mas, é nesse exato momento que você tem a opção de escolher em ser uma pessoa mais determinada, mais positiva e focada em seus objetivos.
Geralmente a gente pensa em desistir após as primeiras tentativas falharem e o resultado ficar aquém do esperado. É até natural, mas você pode escolher em desistir ou persistir um pouco mais.

O fato é que às vezes, com as escolhas que fizemos, tornamos a vida muito mais difícil, tentando torná-la muito mais fácil. As vezes os atalhos que tomamos acabam sendo muito mais problemas do que soluções. Todo o caminho mais fácil, raramente é assim tão fácil.
Muitas vezes, na tentativa de evitar trabalho, acabamos criando mais trabalho ainda.
Muitas vezes, ao escolhermos evitar uma verdade desagradável ou inconveniente, acabamos dando ainda mais poder, influência e reconhecimento do que a verdade em si.

Certamente, é muito mais confortável escolher em deixar as coisas como estão, fazer sempre o que sempre fez. Você sabe de cor como a vida pode ser, vivendo do jeito que você sempre viveu.
Ah se você soubesse que há um mundo ainda melhor a lhe esperar e que a partir desse momento, se você comprometer-se em fazer a diferença, esse mundo será magnifico!
Procure sempre escolher e dar o seu melhor para a vida.  A vida que você cria é a vida que você vive.
Abraços.

Pequenas fatias


Aqui na Serra Gaúcha, o frio já chegou. Hoje o dia começou com temperaturas de 4ºC. Cobertas grossas, fogão a lenha, comida reforçada, um bom vinho e a vida segue por diante.
Acredito que não seja somente comigo, mas no inverno a gente come um pouco mais. Nosso organismo requer mais energias para manter-se no seu ritmo.
É importante saber que qualquer exagero terá suas consequências. Uma vida simples, sem muitas novidades à mesa, é uma boa pista para a conquista da saúde e da felicidade.
Mas não é somente a fome de alimentos que fazem parte do enredo de nossas vidas. Há tantas outras "fomes". Diante delas devemos ser eternos famintos: A fome do saber, do amar, a fome de paz, de liberdade, a fome de compreensão, de felicidade, são tantas. Não saciar uma destas fomes, significa compensação em outras.

É maravilhoso reunir-se com amigos e familiares ao redor de uma mesa. A mesa vai muito além da necessidade de alimentar-se. Enquanto saciamos a fome, expressamos idéias, trocamos palavras, entrelaçamos sentimentos, realizamos negócios e tecemos a vida.
Vejo  e vivo a vida como sendo uma pizza deliciosa, porém composta por pequenas fatias, de sabores inconfundíveis, onde posso ir saboreando a cada uma, descobrindo oportunidades de crescimento e realizações.
Quando há equilíbrio interior, tudo tende à normalidade. Saber administrar a própria vida, conhecendo o organismo que sustenta o ser, é condição para que o exagero não adentre e cause estragos.

Acredito que vivendo a vida em pequenas fatias é bem mais fácil de controlá-la e de ser bem sucedido. No final junta-se todas as fatias e o resultado será uma bela vida. Não é assim que faz um bom pizzaiolo com sua bela pizza?
Abraços.

Maravilhas

"Pois, se Deus assim veste as flores do campo que hoje existem e amanhã acabarão, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Mt: 6,30.



O outono segue seu ritmo, dias frios pela manhã, calor durante o dia e frio novamente à noite. A natureza, silenciosamente transforma-se para receber a estação gelada.
Seguidamente escuto pessoas reclamando: Não gosto do inverno, não gosto do verão, o pólen das flores me causa alergia, por isso não gosto da primavera... É impressionante como achamos um jeito para reclamar. E quando não houver mais estações?
Para quem me acompanha por aqui e está na torcida: Aqui estão as fotos da primeira florada de minhas orquídeas. Reveja como tudo começou em: Orquídeas


Com a chegada dos primeiros frios do outono, a espécie cymbidium foi a primeira a desabrochar. Há duas imponentes de cor verde limão, parecem disputar quem tem maior beleza e outras tantas, que se preparam para a apresentação. Minha expectativa é grande, porque não sei qual é a cor delas, o jeito é esperar. Cada uma, estão recebendo uma espécie de certidão, onde eu anoto a espécie, cor, mês de floração, e cuidados necessários. Assim como a vida requer pequenos cuidados, as orquídeas também.

As da espécie cttleyas também não ficaram para trás. Na foto superior, parte central, há duas de beleza rara e outras que se preparam para desabrocharem em breve. A de cor lilás, branca e amarela é simplesmente linda e sem perfume. Já a de cor amarela e bordô, além de bela, desafio qualquer francês a produzir  uma  essência de igual aroma. Ela sozinha consegue perfumar toda a minha estufa.

Pessoal, pelas fotos percebem-se que não sou um bom fotografo. Prometo caprichar nas próximas. Assim que as orquídeas forem desabrochando, usarei as fotos em futuras postagens, assim todos a conhecerão.
Valeu pela torcida e votos de boa sorte. Quanto ao nome do orquidário, tenho anotado todas as sugestões. Na hora certa irei escolher um.

Abraço.


Partida

" O que se tornou perfeito, inteiramente maduro, quer morrer." - Nietzsche.

A morte é o destino inexorável de todos os seres vivos. No dia de ontem, 23/04/13, partiu de nosso convívio, a senhora Esmelinda Alcará, mãe de quem aqui escreve.
A própria palavra "morte" desperta medo no coração da gente. Ao analisar, descobre-se que a morte é tão incompreensível quanto inevitável. Mal conseguimos falar a seu respeito. Essa reação de medo é compreensível, pelo fato de que muitas pessoas pensam que a vida nada mais é do que um estado no qual o corpo humano está biologicamente ativo. Mas é hora de nos perguntarmos: O que significa realmente a morte? O que acontece após a morte, se é que acontece? Como reagir diante de alguém que partiu?
O mistério da morte é parte do enigma da alma e da vida em si. A morte só é entendida a partir do momento em que entendemos a vida. Durante a vida como a conhecemos, o corpo é vitalizado pela alma; na morte ocorre uma separação entre o corpo e a alma. Porém a alma continua a viver como sempre fez, agora livre das restrições físicas do corpo. E como o caráter, a bondade, virtudes e altruísmo, de uma pessoa estão na alma, é lógico presumir que ela ascenderá a um estado mais elevado após cumprir sua missão terrena.

Embora se saiba que a morte representa a elevação da alma a um nível mais elevado, mesmo assim não deixa de ser uma experiência dolorosa para quem fica. Quando perdemos um ente querido, surgem emoções fortes e até conflitantes: a mais natural delas é a tristeza pela ruptura e perda de laços.
Já aprendi e sei que seria bárbaro eu não ficar triste, mas sei também que não devo ficar triste por mais tempo que o necessário, caso contrário, a morte de minha mãe se tornaria uma presença em si, continuamente me entristecendo e impedindo de progredir na vida.

Nesse momento, tentar diminuir a expressão de dor de nossa família é inadequado e doentio, mas sabemos que ao permitir que o nosso sofrimento nos domine é esquecer de maneira egoísta o verdadeiro significado da morte - o fato de que a alma de um justo encontrou um lar ainda mais justo.

Aos amigos e familiares, estou de luto, mas estou bem
Abraço.

Construindo a vida

Sabemos que grandes construções são construídas a partir de pequenos tijolos. A imensidão dos oceanos, formado por pequenas gotas de água. Uma longa caminhada se faz com pequenos passos...
E a sua vida, de que é construída, formada?

Quando pequeno, e quando a família tinha condições de proporcionar-me algum brinquedo, sempre queria levar para casa dois ou três e de uma única vez. Inocência de criança, sem noção da realidade que enfrentavam os pais.
A verdade é que a minha vontade nunca prevaleceu mesmo. Eu tinha a liberdade de optar por um brinquedo entre aqueles que os pais haviam escolhido. E se não gostasse acabava ficando sem nada mesmo.
Acredito que desde pequeno aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa maravilhosa teia a qual chamamos "minha vida".

Eu, você, qualquer humano, nada mais somos do que o somatório de nossas decisões. Com decisões certas ou erradas, assim vai se formando a vida.
É bom que se saiba, que a forma como você toma suas decisões e estrutura sua vida tem um impacto importante sobre a forma como a sua vida se desenrola. É a maneira de como você vê a si mesmo e seu lugar no mundo que determina quem você realmente é.
Mas o cotidiano é marcado por muitas maneiras de ser. As pessoas têm gostos totalmente diversificados uma das outras. Como tomar decisões?
Os acontecimentos em seu mundo não acontecem sem razão ou fonte. Eles são movidos por suas decisões e expectativas mais fundamentais e são o que define o seu palco. Tome a decisão de enquadrar sua vida com amor, com respeito, com graça, beleza e foco nas possibilidades mais magníficas. Dentro desta estrutura você irá criar uma obra-prima belíssima e que crescerá a cada momento.

Forte abraço.

Simples lições

A vida não é justa, mas não deixa de ser boa.
Quando estiver em dúvida, só dê o primeiro pequeno passo.
A vida é muito curta para se perder tempo odiando alguém.
Seu emprego não vai cuidar de você quando ficar doente. Seus amigos e parentes é que vão fazer isso. Fique em contato.
Você não precisa sair ganhando em todas as discussões. Concorde em discordar.
Chore com alguém junto. Cura mais do que sozinho.
Não tem problema ficar brabo com Deus. Ele aguenta.
Faça as pazes com o passado, para que não estrague o presente.
Poupe para a aposentadoria começando com o primeiro pagamento que recebe.
Chocolate? Inútil resistir.
Pague suas dívidas do cartão todos os meses.
Não compare sua vida com outras. Você não tem noção da jornada que elas são.
Não tem problema em deixar seus filhos verem você chorar.
Não se leve a sério demais. Os outros também não o fazem.
O que os outros pensam de você não é da sua conta.

O que não mata, realmente te deixa mais forte. (Em bom português: O que não mata, engorda.)
Se um relacionamento for secreto, melhor não tê-lo.
Respire fundo que esfria a cabeça.
Descarte tudo que não seja útil, lindo ou levante o astral.
Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
Quando o negócio é conseguir o que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.
Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda depende só de você e de ninguém mais.
Prepare-se além do necessário. Depois, acompanhe o andar da carruagem.
O mais importante órgão sexual é o cérebro.
Opte sempre pela vida. Perdoe tudo e a todos.
Por melhor ou pior que seja a situação, ela vai mudar e o tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
Acredite em milagres.
Entre envelhecer e morrer jovem, a primeira opção dá de 10 a 0.
Ninguém é responsável pela sua felicidade, só você mesmo.
Ao fim e ao cabo, o que realmente importa é que você amou.
E o melhor ainda está por vir.

Fragmentos de Regina Brett, retirados do Jornal The Plain Dealer (Cleveland/Ohio)

Sobrevivendo aos apagões

Recentemente uma pesquisa divulgada por um instituto que relatam o cotidiano através de dados estatísticos revelou que o brasileiro ficou, em 2012, em média 20 horas sem energia elétrica. Pequenos e médios apagões que desencadearam muitos danos, além do desconforto e das perdas. 
Como paliativo, o governo reduziu o valor final da conta de luz (acha que fez uma grande coisa ) e aumentou o valor dos combustíveis, o que encareceu ainda mais o custo de vida de nós brasileiros. Junto com o aumento dos combustíveis estão vindo o aumento das passagens, fretes, taxis... que serão repassado aos demais produtos, gerando mais impostos e menos poder aquisitivo a quem sustenta os donos do poder.
Voltando ao tema: Meus avós não chegaram a conhecer ou presenciar a luz elétrica, mas a vida sempre encontrou uma saída para que eles seguissem o seu rumo. Hoje, uns instantes sem luz já é o suficiente para dar-nos conta do quanto somos dependentes da energia elétrica.

Aproveitando o assunto e refletindo sobre o nosso mundo interior, percebe-se facilmente que a ausência de luz inviabiliza qualquer projeto de realização pessoal. A fé e a sabedoria permitem claridade para nossos sonhos, compreensão diante dos desencontros e paz para serenar os demais sentimentos. Nenhum humano conquista o existir sem ter consigo luz.
Tendo em vista que a vida é feita de escolhas, a opção pela luz ou pela escuridão, passa a ser uma questão de manuseio da sua liberdade. 
É através da fé que alimentamos a luz que irradia esperança e dá mil motivos para acreditar na vida. Ter fé é ser portador de uma energia ininterrupta que amplia a capacidade de captar o essencial, que nos dá estabilidade e acalenta o coração nos descompassos do cotidiano.

Sobrevivemos aos apagões da energia elétrica, porém, ninguém consegue sobreviver, se tiver que enfrentar apagões da fé.
Abraço.

Novos caminhos

Geralmente, estamos acostumados a fazer as coisas sempre do mesmo jeito. Nossa rotina é como que impregnada de imãs que aquieta, acomoda e impulsiona à simples repetição. Isso nos impede de inovar ou até mesmo de buscar novos caminhos.
Você lembra da última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez?
Quem sabe inventar algo novo no dia de hoje, mudar o trajeto de deslocamento, pronunciar uma palavra que não faz parte do seu vocabulário, prestar mais atenção em você ou simplesmente contemplar o infinito.
Saiba que fazer algo que nunca tenha sido feito, não é privilégio de alguns, mas uma alternativa para todos.
É que gente anda um pouco agitado. Esperamos que algo importante aconteça logo ali na frente e esquecemos o significado do momento presente. E se não houver um amanhã? Portanto, se houver algo diferente para ser feito, melhor não protelar. Mas nada de muito movimento exterior viu. O suficiente para que a vida continue aspirando paz e realização.

Você já se deu conta que a natureza está diferente? Parece que um pintor anda dando um colorido todo especial.
É outono que chegou.  É tempo de frutos maduros, vinho novo, pinhão, castanhas...
É tempo de ceifar os frutos que foram lançados na terra, na esperança de boa colheita.
As noites passam a se mais longas que os dias, a temperatura diminui, algumas aves migram em busca de mais sol e alimentos.

Que a magia e beleza do outono possa despertar em nós o sentido de mudança. Que velhos hábitos possam vir abaixo, assim como as velhas folhas cedem seus lugares para o novo.
Forte abraço. 
Feliz outono.