Imigrantes Alcara vindos da Espanha

Fonte: Museu do Imigrante São Paulo.
Os primeiros espanhóis chegaram ao Brasil na década de 1880. Estima-se, que entre 1880 e 1960, mais de 750 mil espanhóis imigraram para o Brasil. A cultura cafeeira se expandia rapidamente no Brasil e a riqueza gerada pelo café acabou por seduzir milhares de espanhóis que partiram para o Brasil à procura de uma vida nova. Os espanhóis foram atraídos ao Brasil com a finalidade de substituir a mão-de-obra italiana no cultivo e colheita do café.
A Guerra Civil Espanhola 1936 - 1939, contribuiu muito para o intenso fluxo de espanhóis que fugiram para o Brasil e outros países como Argentina, Uruguai e Cuba.
Cerca de 78% dos espanhóis que chegaram ao Brasil, a maioria se estabeleceram nas fazendas de café em São Paulo, o restante se espalharam para o Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais.

Trem com imigrantes vindo do porto de Santos para a hospedaria.
Os imigrantes com destino a São Paulo desembarcavam diretamente no Porto de Santos, e subiam a serra de trem com destino à estação situada literalmente dentro da Hospedaria dos Imigrantes. Quem não era contratado passavam algum tempo na hospedaria  até encontrar serviços geralmente em uma das inúmeras fazendas de café. A Hospedaria dos Imigrantes, é conhecida  hoje, como Memorial do Imigrante.

Famílias de imigrantes em frente a hospedaria. São Paulo 1908.
O porto de maior movimento nos anos da grande imigração 1880 - 1910, foi sem dúvida, o de Rio de Janeiro, sobretudo porque lá desembarcavam imigrantes com destino a Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Os que vinham contratado por Minas Gerais, seguiam de trem até Juiz de Fora, e os destinados ao sul do Brasil eram embarcados em navios de cabotagem (costeiros) que transportavam  até  seus destinos.

Movimentação de imigrantes no Porto de Rio de Janeiro 1880.
Caso algum Alcara seja descendente de algum dos imigrantes acima e queira a certidão ou registro de desembarque, favor entrar em contato utilizando o link de comentários.


Registro de nossos antepassados.

Manter o registro de nossos antepassados é mantê-los vivos.
Registro do censo Argentino de 1855


No México existe uma crença de que cada pessoa morre três vezes...
A primeira acontece no momento em que as suas funções vitais param de funcionar.
A segunda morte acontece no momento em que o seu corpo é sepultado.
A terceira morte acontece no futuro, no momento em que o nome do falecido é lembrado e pronunciado pela última vez.
Aí então a pessoa realmente está morta.
Enquanto alguém manter algum registro e lembrar de seus ancestrais, estes não estarão completamente mortos.
Podemos ter o mesmo nome em comum, porém o nosso diferencial está no sobrenome Alcará.
Esse sobrenome é o que nos identifica, nos distingue das demais pessoas. O sobrenome não é um simples rótulo, mas sim representa toda uma história de tradição e de vida. Através do sobrenome podemos descobrir  de onde surgiram  os nossos ancestrais, para onde partiram, suas histórias, lendas e aventuras. É o legado mais importante que podemos deixar para as futuras gerações de Alcará.
O documento acima (clique no documento para aumentar), refere-se ao censo Argentino do ano de 1855. Os Alcaras presente neste documento, por ordem de numeração são: 3) José Alcara, 4) Juana Alcara, 5) Pastor Alcara, 6) Francisca Alcara, 7) Gregório Alcara, 8) Pedro Alcara, 9) Maria Alcara.

O total de dados disponível que tenho até o presente momento, envolvendo o sobrenome Alcará é de 3.827 nomes. Dados de censos, batizados, casamentos e óbitos nos seguintes países: Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Itália, México, Paraguai, Peru e Uruguai.

Caso algum Alcará tenha interesse em algum nome específico, favor use a caixa de comentários abaixo e solicite o nome de seu ancestral, quem sabe ele já esteja em uma de minhas listas e o mais importante é de graça.

Safra da uva 2010

Miguel Alcara otimista com sua produção de uvas
O ano de 2010 foi um excelente ano para o cultivo das videiras avalia o vitivinicultor Miguel Alcara no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves. Embora o governo esteja pagando o valor de R$ 0,54 centavos ao quilo (preço mínimo até 15 graus), o clima e o tempo ajudaram muito, com isso a produção compensa em quantidade e qualidade. A expectativa da safra deste ano será em torno de 150 mil quilos de uva avalia o produtor.
Na foto acima, ao lado esquerdo, Miguel Alcara, na parte inferior, literalmente perdido em meio as videiras seu filho Miguel Júnior Alcara. Ao lado direito da foto, esse que vos escreve dando uma de entendido no assunto.

Parreirais Vale dos Vinhedos
As  parreiras  são plantas vigorosas, e se bem cuidadas, em dois anos já começam  produzir   seus primeiros frutos. Existem literalmente centenas de variedades de uvas e estas podem ser consumidas in natura, passas de uva industrializada,  doces, geléias, sucos, vinhos e espumantes.
As primeiras mudas de videira chegaram em Bento Gonçalves no ano de 1875 quando os primeiros imigrantes italianos aqui se estabeleceram. No início a produção era apenas para o consumo próprio de cada família.
Por volta de 1890 o êxito desse cultivo era tão surpreendente que os colonos iniciaram a comercialização do vinho para a capital do Estado e outras cidades.
Acervo: Museu do Imigrante
O transporte do vinho era feito no lombo de burros e mulas, alojado em dois barris de 40 litros cada, colocado um de cada lado do animal. As filas de 10 a 12 animais percorriam a distância entre a propriedade rural até os pequenos povoados onde havia uma casa de comércio ou armazém colonial. Os colonos negociavam seus produtos por troca. Trocavam vinho, queijo, porco, feijão, trigo, etc... por café, açúcar, tecidos, querosene e máquinas agrícolas. 

Colheita da uva. Fonte: Arquivo Histórico Municipal
A uva era colhida em balaios feitos com cipó e esmagado com os pés. A fermenta- ção se proces-sava em pipas de madeira instaladas no porão da casa, onde todas as operações da vinificação eram feitos pela própria família.
A foto ao lado demonstra como era um porão típico de um imigrante italiano que cultivava a vinha para a produção de vinhos: Cestos de cipó ou vime para a colheita e pipas de madeira para armazenar o vinho que deveria durar e abastecer o consumo da família até a colheita do ano seguinte.



Imigrantes Alcará nos Estados Unidos

Em busca de novas terras.
O fluxo de italianos para os Estados Unidos teve seu auge por volta de 1780. A Itália enfrentava uma de suas maiores crises com altas taxas de natalidade, baixos salários, tarifas de produtos elevados, desflorestamentos, erosão do solo e falta de boa terra para o cultivo. Em 1890 o enxofre foi descoberto no Texas, esta descoberta acabou fechando a principal indústria de mineração sulfúrica da Sicilia, fazendo com que um grande número de italianos fossem procurar uma vida melhor na América.
Os Alcara começaram a migrar da Itália para o Estados Unidos  a partir de 1903 onde constituiram suas famílias e ajudaram a construir o que hoje é os Estados Unidos.

Os pioneiros da família Alcara que imigraram da Itália para os Estados Unidos foram:

         Fonte: Fundação Ellis Island.org

Para os americanos mais estabelecidos, os imigrantes italianos tinham o estereótipo de sujos, analfabetos, criminosos, agitadores sindicais e anarquistas. Durante a Segunda Guerra Mundial, italianos que não tinham completado o processo de naturalização foram categorizados de Enemy Aliens (imigrantes inimigos). Muitos eram barrados de certas áreas restritas e até expulsos de suas casas. Mais de um milhão de  ítalo-americanos serviram durante a Segunda Guerra Mundial e uma média de mil italianos  considerado pessoas de alto risco, foram mantidos em um campo de concentração militar em Missoula Montana.

Embarações:
Conheça alguns dos vapores que transportaram os antepassados da Familia Alcara. Esse vapor foi criado por Scott Shipbuiding & Engineering Company. Greenock na Escócia em 1889. Seu peso bruto é de 2.900 toneladas, comprimento de 363 metros por 42 metros de largura e velocidade de 12 nós. Capacidade para 1.175 passageiros, sendo que  25 de primeira classe e 1.150 de terceira classe.
Foi construido para o Governo Português com o nome de Rei de Portugal. Em 1902 foi vendido ao principe Line e rebatizado como Principe Napolitano. Em 1911 passou a servir a Companhia de Navegação Mixzte Line e recebeu o nome de Manouba. Foi desmanchado na Itália em 1929.
Viajou com esse vapor em 1905 de Palermo aos Estados Unidos Francesco Alcara (20 anos) e mais 426 passageiros.
Em 1906, partiram da Borgia, Itália com esse mesmo vapor, os imigrantes  Giovanni Alcara (5 anos), Maria Alcara (13 anos), Pietro Alcara (14 anos) e Elisabetta Alcara (21 anos) e mais 296 passageiros.

Este é o Vapor Itália que transportou  a imigrante Maria Tereza Alcara (34 anos) de Olivadi Itália até o porto de Nova Iorque, Estados Unidos. A embarcação partiu da Itália no dia 09 de setembro de 1911 com 255 passageiros.

Este é o vapor Hamburg que partiu da Itália porto de Palermo, rumo ao porto de Nova Iorque no dia 07 de novembro de 1911 transportando a imigrante Giuseppa Alcara.



Ficha de controle de desembarque nos Estados Unidos
Para todo o imigrante que chegasse aos portos dos Estados Unidos era gerado um cadastro com o nome, sobrenome, idade, sexo, estado cívil, nascionalidade, residência de origem, porto de embarque e desembarque , nome da embacação e data de chegada.
Ao lado, como modelo cito o registro original do cadastro de chegada da imigrante Giuseppa Alcara. Os Estados Unidos sempre tiveram um controle rigoroso sobre qualquer imigrante que chegasse aquele país, e isso nos permite nos dias de hoje buscar a origem de nossos ancestrais. No Brasil ao contrário, é muito difícil coneguir documentos originais, somente com muito esforço e dedicação. Muitos documentos já se perderam por falta de cuidados e um grande número de  imigrantes não foram cadastrados durante a sua chegada de desembarque nos portos brasileiros,  passando a viver como clandestinos ou ilegais.